sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Os perigos do movimento antivacinas.

Tenho a maior vontade e vou sim, depois, escrever sobre o que acho de medicamentos, laboratórios, genéricos e coisas do tipo. Há enorme diferença... e resultados...


“O calendário da SBP recomenda todas as vacinas disponíveis e indicadas para a criança, adolescente e adulto.”
Consideradas uma das mais importantes conquistas da medicina e da pediatria em particular, responsáveis pelo desaparecimento de várias e graves doenças, as vacinas são, no entanto, atualmente, alvo de um movimento opositor. Esse é o tema da entrevista com o presidente do Departamento Científico de Infectologia da SBP,Aroldo Prohmann de Carvalho. Leia, a seguir.

Qual a posição da SBP sobre o movimento antivacinas que tem se apresentado no Brasil?
Dr. Aroldo: O movimento antivacinas existe em vários países, encabeçado por alguns grupos específicos. A SBP condena qualquer manifestação antivacinas, considera uma irresponsabilidade. A partir do momento em que não se vacina uma criança, coloca-se em risco toda uma população. O dever de vacinar é um ato de cidadania e a recusa em praticá-lo pode ser considerada como negligência. A SBP atua em caráter educativo, orientando pediatras e médicos brasileiros em geral a recomendarem para seus pacientes todas as vacinas que fazem parte dos calendários de vacinação do Ministério da Saúde e da SBP.

Há algum registro de que esse movimento tenha sido responsável pelo ressurgimento de doenças até então erradicadas? Nos EUA, por exemplo, fala-se do retorno de doenças como sarampo, caxumba, rubéola, poliomielite e coqueluche...
A ocorrência de doenças tidas como controladas, como por exemplo, o sarampo, tem sido observada não somente nos Estados Unidos, como também em vários países da Europa, Japão e nos últimos dois anos no Brasil. Os casos registrados no Brasil tiveram como fonte de contágio indivíduos procedentes de outros países, principalmente da Europa. Muitas crianças que contraíram a doença não foram vacinadas por recusa de seus pais ou orientações equivocadas. Provavelmente os movimentos antivacinas tem responsabilidade na redução das coberturas vacinais nesses países, com consequente ressurgimento das doenças infecto-contagiosas.
Quais podem ser as consequências desse movimento, caso ele realmente ganhe proporções significativas em nosso país, principalmente no que diz respeito às vacinas que constam do calendário oficial?
As consequências podem ser desastrosas, com aumento da morbidade e da mortalidade, não somente de crianças, mas também da população adulta. Seria um verdadeiro retrocesso em termos de saúde pública.
Um dos argumentos utilizados por essas pessoas que optam por não imunizar seus filhos é o de que há muitas vacinas para serem aplicadas num curto espaço de tempo, especialmente em bebês, no calendário oficial. A hipótese de que o sistema imunológico deles ainda é prematuro para receber tantos agentes agressores teria algum fundamento científico?
De maneira alguma. Antes do licenciamento e da liberação de cada vacina, estudos científicos bem fundamentados são realizados, demosntrando-se uma resposta imunológica consistente e adequada para as faixas etárias nas quais as vacinas são indicadas. O sistema imunológico da criança, mesmo de lactentes, tem perfeitas condições de produzir anticorpos em quantidade suficiente para protegê-lo das infecções. Além disso, de acordo com estudos científicos, algumas vacinas apresentam uma melhor resposta quanto mais jovem a criança for vacinada para determinadas doenças e com base nesses estudos é que a idade de aplicação de cada vacina é definida nos calendários.
Outro argumento é que as vacinas podem causar reações. Quais são as vacinas que, notadamente, podem causar reações mais sérias? Como deve-se ponderar esse argumento?
Qualquer substância administrada ou ingerida pode causar reações, inclusive alimentos. Os estudos realizados com vacinas avaliam exaustivamente a possibilidade de reações adversas. A vacina é liberada para o uso somente quando os estudos demonstram sua segurança. Os benefícios da vacinação, com certeza, suplantam em muito os riscos.  
Há quem defenda que a criança precisa ter varicela, catapora ou alguma doença na infância, até para fortalecer o sistema imunológico. Qual o seu comentário?
A criança não precisa “pegar” nenhuma doença para fortalecer seu sistema imunológico. O contato com agentes infecciosos ocorre desde o nascimento, inclusive na fase intrauterina, independentemente da administração de vacinas. O sistema imunológico é constantemente estimulado. Os reforços das vacinas são indicados com base em evidências científicas que demonstram sua necessidade. Uma dose da vacina contra varicela (conhecida popularmente como catapora) protegeria a criança das formas graves da infecção, porém, para protegê-la de todas as formas, são necessárias duas doses. Uma criança com varicela leve pode não ter risco para sua saúde, no entanto, esta criança transmite a infecção da mesma maneira.
A eficácia das vacinas ditas homeopáticas (isopáticas) é reconhecida pela Sociedade?
Caso sejam feitos estudos com metodologia científica adequada, que resultem em evidências científicas bem definidas de sua eficácia, a SBP reconheceria sim. Nenhuma vacina homeopática até o momento preenche esses critérios.
Há vacinas que não estão no calendário oficial, mas que protegeriam contra um espectro maior de doenças. Recentemente, a rede privada começou a oferecer uma vacina mais completa para prevenir a meningite, por exemplo, que garante a imunização contra os tipos W e Y. Já tivemos casos desses tipos de meningite no Brasil? Há algum sentido em imunizar crianças para um problema que sequer apareceu em nosso país? Como os pais podem fazer para não dar vacinas desnecessárias, movidos pela propaganda das indústrias de medicamentos?
Na verdade o calendário de vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde do Brasil está bastante abrangente. O Governo, no entanto, afirma que não dispõe de recursos para fornecer todas as vacinas disponíveis, indicadas para crianças, adolescentes e adultos. Por outro lado, o calendário da SBP recomenda todas as vacinas disponíveis e indicadas para a criança, adolescente e adulto, uma vez que adulto vacinado não corre o risco de contrair a doença e transmiti-la ao seu filho, antes que este esteja completamente protegido. Atualmente, poucas vacinas indicadas não fazem parte do calendário do PNI. Observa-se um aumento na proporção de casos de meningite meningocócica pelo sorogrupo W, especialmente nos estados da região sul, a exemplo do que ocorre nos países do Cone Sul, como Uruguai, Argentina e Chile, onde este sorogrupo corresponde, em algumas regiões, a quase 50% dos casos. O sorogrupo Y ocorre em uma proporção bem inferior, porém já começa a preocupar. A maior parte dos pediatras indica vacinas que constam no calendário da SBP e a Sociedade já recomenda que os reforços da vacina meningocócica, a partir de um ano de idade, possam ser feitos com a vacina conjugada A, C, W, Y. Os pais devem seguir a orientação do pediatra, com base no calendário de vacinação da SBP.
Fonte: http://www.sbp.com.br/htn/noticias/os-perigos-do-movimento-antivacinas

Uso do "Canabidiol" no tratamento de crianças e adolescentes.

Texto muito explicativo, pra ninguém achar que os pais estão colocando os filhos doidões ou que outras pessoas comuns vão importar a droga "in  natura". 



 “O CBD deve ser utilizado como droga adjuvante ao tratamento medicamentoso já utilizado pelos pacientes”
O CFM publicou Resolução regulamentando o uso do canabidiol (CBD) no tratamento de epilepsia (acesse aqui a íntegra). No último dia 14, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso medicinal da substância, retirando-a da lista de proibidas e passando a ser controlada. O SBP Notícias conversou com o dr.Paulo Breno Noronha Liberalesso, dos Departamentos de Neurologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e de Neurologia Infantil do Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba (PR). Leia, a seguir.
Dr. Paulo, o que é exatamente o CDB e por que passou a ser tão discutido ultimamente?
A maconha é uma planta cujo nome científico é Cannabis sativa. Os efeitos medicinais e psicoativos dessa planta são conhecidos há mais de 5.000 anos. Há relatos muito antigos sobre seu uso no tratamento da dor crônica, agitação, constipação intestinal e das convulsões. Há evidências de que a maconha já era inalada durante rituais de cura ou rituais místicos em diversos locais da Europa, China e América, muito antes da Era Cristã. Os antigos Assírios utilizavam a inalação de flores queimadas da maconha em cerimônias religiosas, nas quais os xamãs costumavam atingir um estado de elevação espiritual, algo semelhante o um “estado de transe”. Os efeitos medicinais da Cannabis sativa decorrem da presença de compostos denominados canabinóides. A quantidade e a diversidade de canabinóides variam, consideravelmente, segundo a variedade genética da Cannabis sativa. O CBD (canabidiol) é um destes compostos canabinóides. Embora os efeitos terapêuticos do CBD sejam conhecidos há muito tempo, pesquisas clínicas e laboratoriais mais bem conduzidas e, portanto, com resultados mais confiáveis, surgiram na literatura médica mais recentemente. Uma maior quantidade de documentos científicos demonstrando a segurança e eficácia de seu uso fez ressurgir o interesse de médicos e familiares a respeito deste assunto.
O sr. poderia comentar a situação das crianças e adolescentes com epilepsia e a relação com o tratamento com CDB? Quais as vantagens desse tratamento?
A epilepsia está entre as doenças neurológicas crônicas mais frequentes da infância e da adolescência, podendo ser compreendida como uma predisposição persistente do cérebro para gerar crises epilépticas de forma recorrente. A definição de epilepsia passou por grandes alterações ao longo do tempo. Em 2014, a Liga Internacional contra Epilepsia (ILAE) propôs uma definição bastante simples e prática: epilepsia é uma doença do cérebro caracterizada por pelo menos umas das seguintes situações - (a) ocorrência de uma crise não provocada e elevado risco de ocorrência de uma segunda crise, (b) ocorrência de pelo menos duas crises não provocadas com intervalo maior que 24 horas e (C) quando estiver diagnosticada uma síndrome epiléptica. De modo geral, aproximadamente um terço das crianças e adolescentes com epilepsia não terão suas crises controladas de forma sustentada e satisfatória por tempo prolongado com os fármacos antiepilépticos disponíveis no mercado atualmente. E, teoricamente, este seria o “público” para o qual se discutiria o uso de CBD. Portanto, nos casos em que se discute a indicação de CBD, a epilepsia estaria classificada como “clinicamente refratária” ou “epilepsia de difícil controle medicamentoso”.
Em se falando exclusivamente das epilepsias e síndromes epilépticas da infância e adolescência, estariam entre as maiores indicações a síndrome de Dravet (epilepsia mioclônica severa da infância), a síndrome de Dosse (epilepsia mioclônico-astática) e a encefalopatia epiléptica de Lennox-Gastaut. É importante lembrarmos que estas síndromes epilépticas descritas são extremamente graves e, na maior parte dos casos, apresentam um efeito devastador sobre o desenvolvimento neurológico e sobre a qualidade de vida destas crianças e adolescentes. Outro impacto não menos devastador ocorre sobre as famílias desses pacientes, que veem a deterioração neurológica progressiva e, muitas vezes irreversível, de seus filhos, netos, irmãos etc...
Contudo, é possível, e bastante provável, que pacientes com outras formas de epilepsia e síndromes epilépticas também venham a se beneficiar do uso de CBD, quer quanto à diminuição da frequência quer quanto à redução da intensidade das crises convulsivas. Neste momento, em que esta discussão está muito viva na sociedade brasileira e mundial, é absolutamente fundamental estabelecer uma clara distinção entre o CBD (como já dissemos um dos mais de 80 canabinóides presentes na maconha) e a planta in natura, já que o CBD não produz efeitos psicoativos e nem euforizantes.
Em sua opinião, em que momento os colegas pediatras devem encaminhar seu paciente ao neurologista pediátrico para avaliação para o uso de CBD?
O CBD não está entre os primeiros fármacos antiepilépticos indicados no tratamento de nenhuma epilepsia ou síndrome epiléptica (ou seja, não é ainda considerado droga de primeira linha nestes casos). Portanto, o CBD deve ser utilizado como droga adjuvante ao tratamento medicamentoso já utilizado pelos pacientes. Aliás, este aspecto é bastante claro na Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM). Nos casos em que se opta por iniciar o CBD, não se recomenda a interrupção dos fármacos em uso. Sendo assim, como estamos falando de pacientes com epilepsias bastante graves, muitas vezes com diversas recorrências de crises convulsivas ao dia, o mais adequado é que estes pacientes já estivessem sendo acompanhados por médico neuropediatra. Os colegas que estão acostumados ao tratamento de crianças com doenças neurológicas crônicas e graves como as epilepsias sabem da necessidade e da importância dos médicos pediatras e neuropediatras trabalhando lado a lado... são as febres e infecções que desencadeiam ou intensificam as convulsões... são as convulsões que complicam com quadros de pneumonias por aspiração... e assim por diante... não há outra forma de conduzir estas crianças que não seja através do trabalho conjunto...
Qual a importância da Resolução do CFM?
No meu entendimento, a Resolução do CFM é um marco importante nesse assunto. Embora haja críticas, algumas até bastante consistentes, até o momento não havia regulamentação. Entendo a Resolução como um marco inicial que amplia o horizonte da discussão na sociedade. Desse modo, o CFM cumpre seu papel norteador e balizador das ações do médico brasileiro.
Alguns familiares de pacientes comemoraram a Resolução do CFM como um avanço. Outros acharam que a decisão poderia ter ido além, criticando as restrições, como o uso após os 18 anos e somente em pacientes refratários a outras medicações. Familiares alegam que isso limita o uso do CBD e expõe esses pacientes às medicações com efeitos colaterais mais intensos. Qual sua análise a este respeito?
A utilização de uma “nova” medicação ou de uma nova tecnologia no campo da medicina sempre é envolta de algumas dúvidas e incertezas. E com o CBD não seria diferente. Quando uma instituição se propõe a criar uma regulamentação sobre determinado assunto é fundamental que se estabeleçam determinados limites. E foi dessa forma que o CFM agiu. Por exemplo, limitando a indicação do CBD como droga de adição (ou seja, CBD não é fármaco antiepiléptico de primeira escolha), estabelecendo a dosagem mínima da medicação, estabelecendo a faixa etária de indicação e quem devem ser os médicos responsáveis pela prescrição da droga. Certamente, com o aumento no número de evidências científicas a respeito da eficácia do CBD no tratamento da epilepsia na infância e adolescência, os critérios do CFM deverão ser revistos e, quem sabe, ampliados.
Alguns familiares afirmam que a impossibilidade de usar CBD acaba por expor às crianças aos efeitos colaterais de outros fármacos antiepilépticos. Bom, isto evidentemente é uma afirmação verdadeira... mas há o outro lado dessa moeda...
Primeiramente, não haveria a opção de não tratar com fármacos antiepilépticos estas crianças, ou seja, alguma ou algumas drogas elas estariam utilizando de todo modo. E toda medicação tem seus efeitos colaterais, embora especificamente no tratamento da epilepsia, esses efeitos colaterais sejam bem conhecidos e possam ser controlados com ajustes de doses e trocas de medicações. Por outro lado, não se sabe exatamente quais os efeitos a longo prazo que o CBD e outros canabinóides podem ter sobre a neurofisiologia do sistema nervoso central. Assim, não é possível afastar “efeitos colaterais tardios” quando se fala de uma medicação como essa.
Outra crítica veiculada na imprensa foi o fato de o CBD apenas poder ser prescrito por médicos nas áreas de neurologia (e áreas de atuação correlatas), neurocirurgia e psiquiatria. O CFM também não autorizou a prescrição de CBD em casos de esquizofrenia e doença de Parkinson. O que o senhor pensa a esse respeito? Haveria outras indicações terapêuticas?
Quanto aos médicos que poderão prescrever o CBD, esse assunto deverá ser mais discutido e detalhado no futuro. Vejo com cautela essa restrição que consta na Resolução do CFM pelo seguinte motivo: nosso país tem dimensões continentais e, desse modo, há inúmeras regiões que não contarão com um médico neuropediatra, neurologista, neurocirurgião e psiquiatra nos próximos muitos anos. Então respondo a essa pergunta com outro questionamento: os pacientes que moram nessas regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos não terão direito a se beneficiar desta modalidade de tratamento? Creio que este aspecto em particular precisará de mais reflexão e discussão.
Sobre outras indicações dos compostos canabinóides (além da epilepsia): Embora com uma história milenar, sabemos ainda pouco sobre todo o potencial desta planta... há descrições históricas sobre seu uso na constipação intestinal, no tratamento da malária, como expectorante pulmonar, contra a fadiga e o cansaço, em alguns distúrbios de movimento, como antidepressivo e em uma série de outras doenças mentais...somente o tempo e novos e mais robustos estudos serão capazes de nos mostrar todo o potencial desta medicação.

Fonte: http://www.sbp.com.br/htn/noticias/uso-do-canabidiol-no-tratamento-de-criancas-e-adolescentes

domingo, 25 de janeiro de 2015

1º Churock

Foi realizado neste sábado, 23 de janeiro, o primeiro Churock. 
Organizado pelo Motoclube Águias e Falcões do Tijuco, com apoio dos Moto-clubes Diamantes do Asfalto, Asas da Liberdade e Desbravadores do Vale, a festa contou com as bandas "Jacó do Vale e os Gaturanhas", de Rio Preto  e a banda "Projeto Provisório", de Rio Manso. As duas bandas mandaram o que há de melhor, do rock nacional e internacional, colocando a galera pra dançar e curtir muito. 
A festa foi muito legal, com presença dos motociclistas e dos amigos  amantes das duas rodas e do bom rock'nroll.  
Como toda festa motociclística, tudo correu na velha e boa paz, com  a confraternização dos presentes e recebendo também visita dos amigos do MC Passageiros da Liberdade, da cidade de Capelinha, que em março,realizarão o primeiro evento, naquela cidade.