sexta-feira, 13 de novembro de 2015

O Rio que era doce.

O Rio que era doce
                              (Moema Leite)                             
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Morreu o lugar que eu nasci,  
Morreu meu cavalo
Meu cachorro e minha história;
O que eu tinha de mais bonito, 
Agora, só na memória.
O peixe virou cimento;
E a igreja, e a escola?
Nem sino, nem movimento!

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Sobrou nada da plantação!
Nenhum quadro na parede;
Nada prova que sou José, 
nada diz que sou João;
Enlameados documentos,
Soterrados com crianças
E adultos sem esperança;
Acabou-se a minha Bento;

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Chorou Elvira, retratando o fato, 
que cortou seu coração
Mas choro não limpa o rio,
Nem devolve a vida ao chão...
Correu longe o leito de morte
Uma lama sem distinção,
Cobrindo os sonhos de todos
Matando a paz e a mansidão
E o Rio, que era doce até então,
Hoje, Vale nada não!

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