Posso estar certo ou errado e claro, todos podem concordar ou
não comigo. Mas tendo 22 anos de medicina, são questionamentos que faço
estudando sobre a doença em páginas de referência. As respostas corretas, só o
futuro me mostrará.
- Não vejo a Covid-19 uma doença pior e mais letal que outras
doenças infeccciosas respiratórias. Sim, vão me dizer que o vírus é altamente
contagioso e espalha a doença com facilidade. Assim também acontece com o vírus
Influenza e ninguém faz essa sorologia absurda nem tranca ninguém em casa,
apesar de milhares de mortes todos os anos. Afinal, é comum morrer das
complicações das gripes e pneumonias.
- Mas e a Itália e Espanha? Sabemos das características do
pico da doença no clima de inverno que passam, da alta densidade demográfica, população
com alto índice de pacientes idosos com co-morbidades, índice alto de tabagismo e milhares de chineses contaminados convivendo
na região, principalmente os que voltaram da china para os trabalhos na Itália
após o recesso do ano novo chinês.
- O baixo índice de exames laboratoriais para diagnóstico
aqui no Brasil pode mostrar justamente que a doença está sendo subnotificada, ou
seja, o número de casos pode ser infinitamente maior, o que mostra também que a
doença tem então uma baixa letalidade. Em contrapartida, os diagnósticos de
Covid-19 em atestados de óbito sem uma comprovação laboratorial da causa da
morte aumentam o número de óbitos relacionados à doença. Sim, há orientações
para notificar como suspeito, qualquer paciente atendido com febre, tosse e “falta
de ar”. Se não estiverem graves não serão submetidos a exames, mas se morrerem
terão no atestado de óbito a causa da morte como Covid-19.
- O pico de incidência de casos no Brasil, a tal curva que
querem achatar de todo jeito, parece que é mais lenta. Isso pode ter influência
de sermos um país tropical e de estarmos ainda em uma estação de temperaturas
ainda altas, o que dificulta a proliferação viral.
- Ainda temos regiões e cidades, como a própria Diamantina,
com zero casos comprovados. Daí vem o questionamento sobre o confinamento com
isolamento horizontal. Os problemas econômicos e sociais precisam sim serem
discutidos, bem como o vírus precisa também circular para criar a barreira
imunológica e proteger a população.
- Até quando vamos nos manter isolados?
- Quando saírmos do isolamento daqui a duas semanas ou daqui a
seis meses, o que vai acontecer?
– Vamos tentar manter a tal curva achatada enquanto achatamos
também a vida social, psicológica e financeira?
- E se daqui uns 3 ou 4 meses o pico de doentes aumentar
muito e já estiver faltando recursos financeiros para o sistema de saúde? O
governador de MG já declarou hoje que não tem nenhuma previsão para o pagamento
do funcionalismo.
- E se o atraso do pico da curva trouxer um número alto de casos junto do pico das doenças respiratórias quando estivermos no inverno?
- E se o atraso do pico da curva trouxer um número alto de casos junto do pico das doenças respiratórias quando estivermos no inverno?
- Algumas particularidades da doença ainda estão sendo
descritas e estudadas como tromboembolismo em órgãos nobres, indicação ou não
de anticoagulantes, etc.
- Diversas drogas antivirais e até mesmo os antiparasitários Ivermectina
e Nitazoxanida estão em estudos, mas parece mesmo que o grande trunfo do
tratamento está na combinação da Hidroxicloroquina, Azitromicina e Zinco. Estes
sendo iniciados já em fase precoce da doença e por curto período de uso, em
torno de 5 dias. Por que então o MS ainda insiste em não contribuir para um
estudo nesse sentido e atrasar o início do tratamento, o que pode ceifar vidas?
- Por que diante de uma grave doença, um renomado
infectologista do país que se mostra toda hora diante da TV, não declara como
foi o seu tratamento, tendo a idade como fator de risco e uma recuperação tão
rápida?
- Por que o presidente do Brasil, tendo 22 pessoas da sua
equipe de viagem diagnosticados com Covid-19 não expõe o resultado do seu exame
para comprovar que realmente não foi infectado?
- Por que parlamentares lutam para preservarem mais de 2
bilhões de reais para uma campanha eleitoral com o país precisando de verba
numa situação de emergência como estamos vivendo?
Enfim, são incógnitas que teremos respostas somente daqui um
tempo. Tempo este que pode mostrar erros e acertos, mas que não penso mais que
é com todo mundo confinado em casa, pelo menos neste momento de outono no Brasil, que teremos a resposta.
E sobre ter tempo para preparar o sistema de saúde para receber os pacientes, não me convence. O sistema nunca esteve mesmo preparado. E os aparatos que vemos serão todos desmontados assim que considerarem que a crise passou.
É que penso no momento.
OBSERVAÇÕES:
- OS MEDICAMENTOS CITADOS DEVEM SER PRESCRITOS POR MÉDICOS. O USO PREVENTIVO DOS MEDICAMENTOS NÃO IMPEDE QUE O PACIENTE SEJA INFECTADO. NÃO VÃ ENTÃO COMPRAR MEDICAMENTOS NA FARMÁCIA POR CONTA PRÓPRIA.
- TODO MÉDICO É RESPONSÁVEL POR SEU PACIENTE E LIVRE PARA PRESCREVER O TRATAMENTO QUE ACHA MAIS ADEQUADO, CLARO, BASEADO EM COMPROVAÇÕES CIENTÍFICAS.
Assinado: Rodrigo Cavalcanti Gonçalves. CRM/MG: 32621 / SBP: 124256
- OS MEDICAMENTOS CITADOS DEVEM SER PRESCRITOS POR MÉDICOS. O USO PREVENTIVO DOS MEDICAMENTOS NÃO IMPEDE QUE O PACIENTE SEJA INFECTADO. NÃO VÃ ENTÃO COMPRAR MEDICAMENTOS NA FARMÁCIA POR CONTA PRÓPRIA.
- TODO MÉDICO É RESPONSÁVEL POR SEU PACIENTE E LIVRE PARA PRESCREVER O TRATAMENTO QUE ACHA MAIS ADEQUADO, CLARO, BASEADO EM COMPROVAÇÕES CIENTÍFICAS.
Assinado: Rodrigo Cavalcanti Gonçalves. CRM/MG: 32621 / SBP: 124256
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