É muito
comum no dia a dia e até mesmo no
consultório, eu presenciar cenas de pais e mães que beijam seus filhos na boca.
Este assunto
é polêmico, mas quero deixar a minha opinião.
Entendo que
esta atitude na maioria das vezes, é apenas uma demonstração de carinho e
afeto. Mas carinho e afeto podem ser
transmitidos com abraços, afagos na pele, conversas, atenção, brincadeiras,
companheirismo e beijo no rosto. Ou não ???
Culturalmente,
beijo na boca é uma forma de troca de carinho e/ou atração sexual entre casais.
À medida que a criança cresce, ela pode ser erotizada até mesmo pelas
cenas que assiste na TV. Isso pode
confundir a interpretação da criança, principalmente ao aproximar da
pré-adolescência, onde os “namoricos” e atrações por colegas começa a
despertar. Também pode facilitar o abuso por parte de pedófilos ou pessoas mal
intencionadas, já que a criança pode aceitar de forma mais passiva o beijo na boca.
Enfim, este
assunto voltado ao lado psicológico rende polêmicas e não quero entrar no lado Édipo
da coisa.
A minha
maior preocupação, é em relação às inúmeras doenças transmitidas por este ato.
A nossa boca
possui mais bactérias que um corrimão de
rodoviária, podem apostar. E cada faixa etária possui suas características
imunológicas e sua flora viral e bacteriana. Principalmente os bebês e crianças
pequenas, ficam mais sujeitos a gripes, resfriados, infecções de
orofaringe e respiratórias e até a cáries, por este ato.
Não é falta
de afeto deixar de beijar seu filhos na boca.
Pode sim,
ser uma forma a mais de protegê-lo e evitar as
infecções.
Já o contexto Édipo, de posse ou de carinho deste
ato, deve ser discutido entre os pais e até mesmo com os profissionais da área de psicologia.
Assunto muito bem explanado , parabéns !
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