segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Violência e Índice de Homicídios na Adolescência.

A banalização da violência está cada vez mais freqüente e presente na vida de todos.

Os ídolos das crianças nos desenhos animados trocam socos, tiros, arrancam cabeças e corações num tom de brincadeira, que se traduz no cotidiano de todas as cidades, independente do tamanho e classe social, claro com pequenas diferenças. Os vídeo-games mais atraentes, mostram cenas quase reais, onde o jogador tem sucesso e vence, fazendo o maior número de atrocidades possíveis, como roubo de carros, assaltos e atropelamentos.

O desrespeito já atingiu não só o nível dos idosos e familiares, como também o policiamento, que nas grandes cidades se esconde nas idas e vindas ao trabalho e nos dias de folga. Policiais não podem ir e voltar fardados ao trabalho e em muitos lugares nem mesmo estender a farda no varal de casa. Pessoas se agridem por pequenos problemas no trãnsito e matam simplesmente pela rivalidade em relação a times de futebol. O resultado está aí nos noticiários e filmes que tem sucesso, como Tropa de Elite.

Se existe céu após a morte, ainda saberemos, mas se estamos vivendo neste verdadeiro inferno atualmente, pode ser sinal que o capeta já desceu por aqui. Todo cuidado é sempre pouco.

Vejam abaixo, a pesquisa recente em relação ao índice de homicídios na adolescência.

Bh é a 4ª capital mais perigosa para jovens

Índice de Homicídios na Adolescência prevê que 1.472 pessoas entre 12 e 19 anos sejam assassinadas de 2007 a 2013
Publicado no Super Notícia em 13/12/2010

Belo Horizonte é a quarta capital mais perigosa para adolescentes no país. Segundo um estudo que avalia o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), 1.472 jovens com idades entre 12 e 19 anos serão assassinados na capital mineira entre os anos de 2007 e 2013.

As capitais com maior risco de homicídios entre os jovens são Recife, Maceió e Vitória, mas o Rio de Janeiro lidera em número absoluto de assassinatos: 3.025. São Paulo encontra-se abaixo da média nacional.

O estudo, feito por uma parceria entre a Secretaria Especial dos Direitos Humanos, o Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de janeiro (UERJ), o Unicef e o Observatório de Favelas, constatou, ainda, que, entre 2005 e 2007, cresceu o risco de homicídios por arma de fogo entre jovens negros, principalmente no Nordeste.

A chance de assassinatos entre jovens também subiu em outras regiões, com exceção do Sudeste. As estimativas se referem ao ano de 2007, comparando-as com os dois anos anteriores. Para a secretária nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Carmen de Oliveira, a situação mostra que, embora seja a região que mais cresceu economicamente nos últimos anos, o Nordeste não agregou políticas de proteção aos jovens.

A pesquisa
O IHA mede o número de adolescentes de 12 anos, num grupo de mil, que morreriam vítimas de homicídio antes de chegar aos 19 anos. O IHA nacional cresceu entre 2005 e 2007, passando de 2,51 para 2,67. O valor mais alto no país foi 11,8, alcançado pela cidade de Foz do Iguaçu, que encabeçou a lista também em 2006. Segundo essas estimativas, 32.912 adolescentes serão assassinados entre 2007 e 2013, nos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes.
A morte violenta é responsável por quase metade dos óbitos de pessoas de 12 a 18 anos no Brasil (45,5% dos casos). O índice é quase o dobro das mortes por doença (26,5%) e mais do que o dobro das mortes por acidente (23,2%).
A arma de fogo está no centro do problema, segundo o estudo. O risco relativo por arma de fogo é cerca de seis vezes maior que por outros instrumentos.
Segundo o estudo, feito em 11 regiões metropolitanas, os homicídios afetam principalmente os rapazes (12 homens para cada jovem assassinada); os negros (quase quatro pretos ou pardos para cada branco ou amarelo); e moradores da periferia.
Fonte desta matéria: Jornal Super Notícias.

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