terça-feira, 6 de agosto de 2013

Pico do Itambé com Quintal Radical.


Neste fim de semana, dia 03 de agosto, partimos com o Marconi Leão, do Quintal Radical, pra uma empreitada muito legal, mas nada fácil, pra quem anda sedentário como eu, com 42 anos e preparo físico de consultório. 
O objetivo foi subir o Pico do Itambé, nas região de Diamantina, partindo da cidade de Santo Antônio do Itambé, onde está localizado o Parque Estadual do Itambé, área de preservação ambiental. 
Saímos de Diamantina mais tarde do que o combinado, devido a imprevistos, normais de acontecer e nada que mereça ser destacado. 
Chegamos na portaria do parque e tudo estava organizado. Lista das pessoas que iriam subir e o guia que nos acompanharia. 
Fomos de carro até o ponto de caminhada dentro do parque. Olhos pra cima e já a primeira sensação de "será que consigo ? ". 
Como a estrutura é pracária, devido às próprias condições do local e da subida, tivemos que levar as mochilas com barraca, roupas de frio, bebidas, comida e barras de cereais e tudo que seria necessário. . Fui cair na besteira de pesar as mochilas, antes de sair de casa. A minha com 14 kg e a de Bete, com 10kg. E sem poder tirar nada. Havia somente o necessário e tudo foi realmente usado. Pra aliviar, colocamos os vinhos em garrafas de plástico, pois pesa menos e não há risco de quebrar em alguma queda. Claro, com o frio lá em cima e a necessidade de brindar a conquista, todos levaram vinho.  E como não podia faltar, o violão foi sendo revezado por todos, na subida. 

A subida foi dividida em 3 paradas. 
A primeira etapa já mostra o nível difícil, mas vencida sem problemas, por ser a primeira etapa. Mas até o corpo esquentar, a gente já sente o drama, já bem alto e com o visual dos carros minúsculos, lá embaixo. 

A segunda parada ocorre no último ponto de água, antes do topo (no topo também não há água). Há um córrego bem pequeno com duas panelas de água, que dá pra refrescar e até sentar dentro. Deste ponto em diante, o trajeto alterna subidas íngremes com poucos pontos planos, que dão pra aliviar as pernas. Daí a terceira parada foi na ponte de madeira, e de lá é a partida até o cume. Linda, mas sofrida e com subidas radicais e alguns pontos até perigosos, mas que com pouco cuidado, não há risco. A chegada ao cume recompensa todo o esforço. 

O visual do pôr do sol é fantástico, bem como a vista de todo a região. Lá de cima podemos ver Diamantina, Santo Antônio, Capivari, Serro, São Gonçalo, Milho Verde e Datas. Há duas casas lá em cima. Um está melhor, até com luz e tomada pra ligar o ebulidor e fazer os miojos. Deu pra armar várias barracas lá dentro e outras duas, foram montadas numa areia legal num ponto mais baixo que o cume, protegido  do vento. O vento impressiona. Como a casa não tem portas nem janelas (todas quebradas pelo vandalismno que reinava antes do Pico virar Parque e ser vigiado), as barracas dentro de casa balançavam e o som do vento é forte mesmo. Lá em cima não tem banheiro, nem água tratada. Havia dois garrafões de água da serra levados pelos funcionários. Marronzinha, mas era a que tinha. Aquela história de que a água de nossa região é escura, mas limpa... 

A noite misturamos as comes e bebes de todos e tocamos violão tomando vinho, pra ajudar a esquentar e ajudar o sono. 

O nascer do sol é outro show a parte e como não há como acordar tarde, ninguém perdeu este espetáculo. 
De manhã, mais uma mistura coletiva pro café e pra aliviar os pesos das mochilas, o objetivo era comer e beber tudo. Foi até divertido. 
No início da descida, vem aquela sensação de alívio, mas na terceira parada, os joelhos já deixavam claro, que o esforço das pernas pra subir, dói bem menos. 

Devido as dores e ainda uma torção no joelho esquerdo, peguei o embalo na última etapa da descida, mas foi muito sofrido e doloroso. Temia parar e não conseguir partir mais. Foi tenso e apesar de enxergar os carros lá embaixo, a caminhada parecia não ter fim. 
Pra quem deseja curtir este passeio, vale a pena fazer contato com o Marconi, do "Quintal Radical". 
Algumas fotos, pra lembrar que sempre vale a pena. 
















Esta planta vermelha é carnívora. Estava devorando uma formiga, mas não saiu bem na foto.



Vejam na foto abaixo, o grau da subida.





















Pés pra cima e uma dose de ar condicinado na chegada.
Cachoeira do Neném. A água mais fria que vocês podem imaginar. Todos pularam e saíram bem rápido, cada um depois de um puta merda, pqp, Nossa Senhoras, Cruz Credo, Putz etc e tal.




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