terça-feira, 9 de março de 2010

BRP Can-Am Spyder 990 RT-S

Este triciclo sem dúvida trouxe um novo visual e tecnologia, diferenciando-o muito dos já conhecidos veículos de 3 rodas. Os triciclos devem ter sido criados por alguém que queria muito andar num carro com aparência de moto. Desculpem esta minha opinião, mas odeio os triciclos e não os enquadro na categoria motociclística, apesar da CNH categora "A" ser a exigida para pilotar essas coisas. Sempre digo que os triciclos foram feitos pra quem tem gosto por motos mas não tem alma ou coragem de equilibrar-se sobre duas rodas. De todo modo é um projeto diferente e arrojado, além de caro, claro.

Com muita eletrônica, quadro com duas rodas dianteiras e uma traseira em forma de Y e capacidade de carga aumentada, o triciclo Spyder RT-S é apropriado para viagens

A Bombardier Recreational Products (BRP) apresentou ao mundo, em 2007, um triciclo diferente, invertido, com duas rodas na dianteira e uma na traseira, batizado de Spyder (aranha, em inglês). Essa configuração, que definiu como "Y", pela semelhança com a letra em sua arquitetura, chegou ao Brasil, oficialmente, em 2008. Já em 2009, a marca lançou o modelo RT-S, ou Roadster Touring, que será vendida no país em março, com preço de R$ 89.900, sem frete. O novo modelo incorpora maior capacidade de carga, com malas laterais, "top case" traseiro, que serve de encosto para a garupa, e até uma carretinha, que vai engatada, se necessário, além de muita mordomia para piloto e garupa.

Veja mais fotos BRP Can-Am Spyder 990 RT-S!

A eletrônica embarcada ajuda na condução e na segurança, voltada para viagens e longos passeios. O sistema de som tem conjunto de alto-falantes na dianteira e traseira, com sistema MP4 e saída para iPod, além de intercomunicador e rádio FM e PX. O painel tem ainda computador de bordo e a possibilidade de instalação do GPS. O guidão, para não pesar nas manobras com suas duas rodas dianteiras, tem assistência elétrica. Como não dá para empurrar como em uma moto, o Spyder RT-S tem marcha a ré. As manoplas têm aquecimento para o piloto, assim como as alças de apoio para a garupa.

Medo

Com a configuração em Y, com duas rodas na frente, fica a dúvida da estabilidade nas curvas. Será que é fácil de capotar em uma tocada esportiva? Para eliminar esse temor, o Spyder RT-S conta com um sofisticado controle de estabilidade (VSS e SCS), que processa as informações de vários sensores que medem a velocidade, abertura do acelerador, inclinação, grau de viragem do guidão e condições do piso, cortando o motor por frações de segundo quando detecta risco de a roda interna sair do chão em uma curva, por exemplo. O exército de chips espalhados pelo modelo garante a estabilidade.

Outra intervenção da eletrônica está no controle de tração da roda traseira, que não permite que gire em falso. Além disso, o triciclo "ao contrário" conta com câmbio semiautomático, com aletas de mudança no guidão, com cinco marchas, semelhante aos automóveis mais sofisticados, com tecnologia da F1. A transmissão final é feita com correia. Para ajustar a condução, há um para-brisa com regulagem elétrica de altura. Já os freios contam com dois discos de 260mm de diâmetro na dianteira e um simples na traseira, com sistema anti-travamento ABS, além de controle de distribuição automático de frenagem entre os dois eixos.

Bagagem

A suspensão traseira no Spyder Roadster Touring é a ar, do tipo mono, com possibilidade de regulagens eletrônica, conforme piso e peso. A suspensão dianteira é independente em cada roda, com 144mm de curso e uma bitola ligeiramente superior à do modelo "normal". O motor de 997,6cm³ tem a configuração de dois cilindros em V inclinados a 60 graus, equipado com oito válvulas, injeção eletrônica e refrigeração líquida. O propulsor fabricado pela Rotax (que também pertence ao grupo Bombardier) é o mesmo utilizado pela superesportiva Aprilia RSV Mille, só que amansado para 100cv a 7.500rpm.

O motor conta com 100 cv de potência a 7.500 rpm e 10 kgfm de torque a 5.500 giros


Em compensação, o torque é de 10kgfm a 5.500rpm, que proporciona melhores retomadas. Nas ruas, o triciclo não é um carro, mas também não é uma moto, sofrendo com os engarrafamentos. Entretanto nas estradas, o modelo RT-S quase vira um automóvel de luxo, sem tirar o prazer do vento na cara proporcionado pela moto. O responsável por isso, em parte, são os porta-malas adicionais, que levam toda a tralha. Na dianteira, debaixo do capô, há um compartimento com capacidade para 55 litros. Na traseira, mais 155 litros. Com a carretinha engatada, a capacidade sobe para quase 800 litros, indo além da medida de muitos carros.

Téo Mascarenhas - Estado de Minas

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