Carta de Gilberto Geraldo Garbi para Lula.
Gilberto Geraldo Garbi foi um dos alunos classificados a seu tempo como
UM DOS MELHORES ALUNOS DE MATEMÁTICA que já haviam adentrado o ITA.
Depois de graduado, desenvolveu carreira na TELEPAR, onde chegou a
Diretor Técnico e Diretor Presidente, sendo depois Presidente da TELEBRAS.
A CAMINHO DOS 99,9999995%
( Gilberto Geraldo Garbi )
Há poucos dias, a imprensa anunciou amplamente que, segundo as últimas
pesquisas de opinião, Lula bateu de novo seus recordes anteriores de
popularidade e chegou a 84% de avaliação positiva. É, realmente, algo "nunca
antes visto nesse país" e eu fiquei me perguntando o que poderemos esperar
das próximas consultas populares.
Lembro-me de que quando Lula chegou aos 70% achei que ele jamais bateria
Hitler, a quem, em seu auge, a cultíssima Alemanha chegara a conceder 82% de
aprovação.
Mas eu estava enganado: nosso operário-presidente já deixou para trás o
psicopata de bigodinho e hoje só deve estar perdendo para Fidel Castro e
para aquele tiranete caricato da Coreia do Norte, cujo nome jamais me
interessei em guardar. Mas Lula tem uma vantagem sobre os dois ditadores:
aqui as pesquisas refletem verdadeiramente o que o povo pensa, enquanto em
Cuba e na Coreia do Norte as pesquisas de opinião lembram o que se dizia dos
plebiscitos portugueses durante a ditadura lusitana: SIM, Salazar fica; NÃO,
Salazar não sai; brancos e nulos sendo contados a favor do governo.
Portanto, a popularidade de Lula ainda "tem espaço" para crescer, para
empregar essa expressão surrada e pedante, mas adorada pelos economistas. E
faltam apenas cerca de 16% para que Lula possa, com suas habituais presunção
e imodéstia, anunciar ao mundo que obteve a unanimidade dos brasileiros em
torno de seu nome, superando até Jesus Cristo ou outras celebridades menores
que jamais conseguiram livrar-se de alguma oposição...
Sim, faltam apenas 16% mas eu tenho uma péssima notícia a dar a seu
hipertrofiado ego: pode tirar o cavalinho da chuva, cumpanhero, porque de
99,9999995% você não passa.
Como você não é muito chegado em Aritmética, explico melhor: o Brasil
tem 200.000.000 de habitantes, um dos quais sou eu. Represento, portanto, 1
em 200.000.000, ou seja, 0,0000005% enquanto os demais brasileiros totalizam
os restantes 99,9999995%. Esses, talvez, você possa conquistar, em todo ou
em parte. Mas meus humildes 0,0000005% você jamais terá porque não há força
neste ou em outros mundos, nem todo o dinheiro com que você tem comprado
votos e apoios nos aterros sanitários da política brasileira, não há,
repito, força capaz de mudar minha convicção de que você foi o pior dentre
todos os presidentes que tive a infelicidade de ver comandando o Brasil em
meus 65 anos de vida.
E minha convicção fundamenta-se em um fato simples: desde minha
adolescência, quando comecei a me dar conta das desgraças brasileiras e a
identificar suas causas, convenci-me de que na raiz de tudo está a
mentalidade dominante no Brasil, essa mentalidade. ..
dos que valorizam a esperteza e o sucesso a qualquer custo;
dos que detestam o trabalho e o estudo;
dos que buscam o acesso ao patrimônio público para proveito pessoal;
dos que almejam os cabides de emprego e os cargos fantasmas;
dos que criam infindáveis dinastias nepotistas nos órgãos públicos;
dos que desprezam a justiça desde que a injustiça lhes seja vantajosa;
dos que só reclamam dos privilégios por não estar incluídos entre os
privilegiados;
dos que enriquecem através dos negócios sujos com o Estado;
dos que vendem seus votos por uma camiseta, um sanduíche ou, como agora,
uma bolsa família;
dos que são incapazes de discernir, comover-se e indignar-se diante de
infâmias.
Pense a maioria o que quiser, diga a maioria o que disser, não mudarei
minha convicção de que este País só deixará de ser o que é - uma terra onde
as riquezas produzidas pelo suor da parte honesta e trabalhadora é saqueada
pelos parasitas do Estado e pelos ladrões privados eternamente impunes -
quando a mentalidade da população e de seus representantes for profundamente
mudada.
Mudada pela educação, pela perseverança, pela punição aos maus, pela
recompensa aos bons, pelo exemplo dos governantes.
E você Lula, teve uma oportunidade única de dar início à mudança dessa
mentalidade.
Você teve a oportunidade de tornar-se nossa tão esperada âncora moral,
esta sim, nunca antes vista nesse País.
Mas não, você preferiu o caminho mais fácil e batido das práticas
populistas e coronelistas de sempre, da compra de tudo e de todos.
Infelizmente para o Brasil você estava certo: para que se esforçar,
escorado apenas em princípios de decência, se muito mais rápido e eficiente
é comprar o que for necessário, nessa terra onde quase tudo está à venda?
Eu não o considero inteligente, no nobre sentido da palavra,porque uma
pessoa verdadeiramente inteligente, depois de chegar aonde você chegou,
partindo de onde você partiu, não chafurdaria nesse lamaçal em que você e
sua malta alegremente surfam. Mas reconheço em você uma esperteza
excepcional: nunca antes nesse País um presidente explorou tão bem, em
proveito próprio e de seu bando, as piores qualidades da massa brasileira e
de seus representantes.
Esse é seu legado maior: o de haver escancarado a lúgubre realidade de
que o Brasil continua o mesmo que Darwin encontrou quando passou por essas
plagas em 1832 e anotou em seu diário: "Aqui todos são subornáveis".
Você destruiu as ilusões de quem achava que havíamos evoluído em nossa
mentalidade e matou as esperanças dos que ainda acreditavam poder ver um
Brasil decente antes de morrer.
Você não inventou a corrupção brasileira, mas fez dela um maquiavélico
instrumento de poder.
Você é o sonho de consumo da banda podre desse País, o exemplo que os
funcionários corruptos do Brasil sempre esperaram para poder dar, sem
temores, plena vazão a seus instintos.
Você faz da mentira e da demagogia seu principal veículo de comunicação
com a massa.
A propósito, o que é que você sente, todos os dias, ao olhar-se no
espelho e lembrar-se do que diz nos palanques?
Você sente orgulho em subestimar a inteligência da maioria e ver que
vale a pena?
Você mentiu quando disse haver recebido como herança maldita a política
econômica de seu antecessor.
Você mentiu ao dizer que não sabia do Mensalão
Mentiu quando disse que seu filho enriqueceu através do trabalho
Mentiu sobre os milhões que a Ong 13, de sua filha, recebeu sem prestar
contas
Mentiu ao afastar Dirceu, Palocci, Gushiken e outros cumpanheros pegos
em flagrante
Mente quando, para cada platéia, fala coisas diferentes, escolhidas sob
medida para agradá-las
Mentiu, mente e mentirá em qualquer situação que lhe convenha.
Você não moveu uma palha, em seis anos de presidência, para modificar as
leis odiosas que protegem criminosos de todos os tipos neste País sedento de
Justiça e encharcado pelas lágrimas dos familiares de tantas vítimas.
Jamais sua base no Congresso preocupou-se em fechar ao menos as mais
gritantes brechas legais pelas quais os criminosos endinheirados conseguem
sempre permanecer impunes, rindo-se de todos nós.
Ao contrário, o Supremo, onde você tem grande influência, por haver
indicado um bom número de Ministros, acaba de julgar que mesmo os condenados
em segunda instância podem permanecer em liberdade, até que todas as
apelações, recursos e embargos sejam julgados, o que, no Brasil, leva
décadas.
Isso significa, em poucas palavras, que os criminosos com dinheiro
suficiente para pagar os famosos e caros criminalistas brasileiros podem
dormir sossegados, porque jamais irão para a cadeia.
Estivesse o Supremo julgando algo que interessasse a seu grupo ou a
suas inclinações ideológicas, certamente você teria se empenhado de corpo e
alma.
Aliás, Lula, você nunca teve ideais, apenas ambições.
Você jamais foi inspirado por qualquer anseio de Justiça. Todas as suas
ações, ao longo da vida, foram motivadas por rancores, invejas, sede pessoal
de poder e irrefreável necessidade de ser adorado e ter seu ego adulado.
Você tem dividido a nação, jogando regiões contra regiões, classes
contra classes e raças contra raças, para tirar proveito das desavenças que
fomenta.
Aliás, se você estivesse realmente interessado, em dar aos pobres,
negros e outros excluídos as mesmas oportunidades que têm os filhos dos
ricos, teria se empenhado a fundo na melhoria da saúde e do ensino públicos.
Mas você, no íntimo, despreza o ensino, a educação e a cultura, porque
conseguiu tudo o que queria, mesmo sendo inculto e vulgar. Além disso,
melhorar a educação toma um tempo enorme e dá muito trabalho, não é mesmo?
A Imprensa faz-lhe pouca oposição porque você a calou, manipulando as
verbas publicitárias, pressionando- a economicamente e perseguindo
jornalistas.
Você pode desdenhar tudo aquilo que aqui foi dito, como desdenha a todos
que não o bajulem.
Afinal, se você não é o maior estadista do planeta, se seu governo não
é maravilhoso, como explicar tamanha popularidade?
É fácil: políticos, sindicatos, imprensa, ONGs, movimentos sociais,
funcionários públicos, miseráveis, você comprou com dinheiro, bolsas, cotas,
cargos e medidas demagógicas.
Muita gente que trabalha, mas desconhece o que se passa nas entranhas
de seu governo, satisfez-se com o pouco mais de dinheiro que passou a
ganhar, em consequência do modesto crescimento econômico que foi plantado
anteriormente.
É esse, em síntese, o triste retrato do Brasil de hoje... E, como se diz
na França, "l´argent n´est tout que dans les siècles où les hommes ne sont
rien".
Gilberto Geraldo Garbi
Gilberto Geraldo Garbi foi um dos alunos classificados a seu tempo como
UM DOS MELHORES ALUNOS DE MATEMÁTICA que já haviam adentrado o ITA.
Depois de graduado, desenvolveu carreira na TELEPAR, onde chegou a
Diretor Técnico e Diretor Presidente, sendo depois Presidente da TELEBRAS.
A CAMINHO DOS 99,9999995%
( Gilberto Geraldo Garbi )
Há poucos dias, a imprensa anunciou amplamente que, segundo as últimas
pesquisas de opinião, Lula bateu de novo seus recordes anteriores de
popularidade e chegou a 84% de avaliação positiva. É, realmente, algo "nunca
antes visto nesse país" e eu fiquei me perguntando o que poderemos esperar
das próximas consultas populares.
Lembro-me de que quando Lula chegou aos 70% achei que ele jamais bateria
Hitler, a quem, em seu auge, a cultíssima Alemanha chegara a conceder 82% de
aprovação.
Mas eu estava enganado: nosso operário-presidente já deixou para trás o
psicopata de bigodinho e hoje só deve estar perdendo para Fidel Castro e
para aquele tiranete caricato da Coreia do Norte, cujo nome jamais me
interessei em guardar. Mas Lula tem uma vantagem sobre os dois ditadores:
aqui as pesquisas refletem verdadeiramente o que o povo pensa, enquanto em
Cuba e na Coreia do Norte as pesquisas de opinião lembram o que se dizia dos
plebiscitos portugueses durante a ditadura lusitana: SIM, Salazar fica; NÃO,
Salazar não sai; brancos e nulos sendo contados a favor do governo.
Portanto, a popularidade de Lula ainda "tem espaço" para crescer, para
empregar essa expressão surrada e pedante, mas adorada pelos economistas. E
faltam apenas cerca de 16% para que Lula possa, com suas habituais presunção
e imodéstia, anunciar ao mundo que obteve a unanimidade dos brasileiros em
torno de seu nome, superando até Jesus Cristo ou outras celebridades menores
que jamais conseguiram livrar-se de alguma oposição...
Sim, faltam apenas 16% mas eu tenho uma péssima notícia a dar a seu
hipertrofiado ego: pode tirar o cavalinho da chuva, cumpanhero, porque de
99,9999995% você não passa.
Como você não é muito chegado em Aritmética, explico melhor: o Brasil
tem 200.000.000 de habitantes, um dos quais sou eu. Represento, portanto, 1
em 200.000.000, ou seja, 0,0000005% enquanto os demais brasileiros totalizam
os restantes 99,9999995%. Esses, talvez, você possa conquistar, em todo ou
em parte. Mas meus humildes 0,0000005% você jamais terá porque não há força
neste ou em outros mundos, nem todo o dinheiro com que você tem comprado
votos e apoios nos aterros sanitários da política brasileira, não há,
repito, força capaz de mudar minha convicção de que você foi o pior dentre
todos os presidentes que tive a infelicidade de ver comandando o Brasil em
meus 65 anos de vida.
E minha convicção fundamenta-se em um fato simples: desde minha
adolescência, quando comecei a me dar conta das desgraças brasileiras e a
identificar suas causas, convenci-me de que na raiz de tudo está a
mentalidade dominante no Brasil, essa mentalidade. ..
dos que valorizam a esperteza e o sucesso a qualquer custo;
dos que detestam o trabalho e o estudo;
dos que buscam o acesso ao patrimônio público para proveito pessoal;
dos que almejam os cabides de emprego e os cargos fantasmas;
dos que criam infindáveis dinastias nepotistas nos órgãos públicos;
dos que desprezam a justiça desde que a injustiça lhes seja vantajosa;
dos que só reclamam dos privilégios por não estar incluídos entre os
privilegiados;
dos que enriquecem através dos negócios sujos com o Estado;
dos que vendem seus votos por uma camiseta, um sanduíche ou, como agora,
uma bolsa família;
dos que são incapazes de discernir, comover-se e indignar-se diante de
infâmias.
Pense a maioria o que quiser, diga a maioria o que disser, não mudarei
minha convicção de que este País só deixará de ser o que é - uma terra onde
as riquezas produzidas pelo suor da parte honesta e trabalhadora é saqueada
pelos parasitas do Estado e pelos ladrões privados eternamente impunes -
quando a mentalidade da população e de seus representantes for profundamente
mudada.
Mudada pela educação, pela perseverança, pela punição aos maus, pela
recompensa aos bons, pelo exemplo dos governantes.
E você Lula, teve uma oportunidade única de dar início à mudança dessa
mentalidade.
Você teve a oportunidade de tornar-se nossa tão esperada âncora moral,
esta sim, nunca antes vista nesse País.
Mas não, você preferiu o caminho mais fácil e batido das práticas
populistas e coronelistas de sempre, da compra de tudo e de todos.
Infelizmente para o Brasil você estava certo: para que se esforçar,
escorado apenas em princípios de decência, se muito mais rápido e eficiente
é comprar o que for necessário, nessa terra onde quase tudo está à venda?
Eu não o considero inteligente, no nobre sentido da palavra,porque uma
pessoa verdadeiramente inteligente, depois de chegar aonde você chegou,
partindo de onde você partiu, não chafurdaria nesse lamaçal em que você e
sua malta alegremente surfam. Mas reconheço em você uma esperteza
excepcional: nunca antes nesse País um presidente explorou tão bem, em
proveito próprio e de seu bando, as piores qualidades da massa brasileira e
de seus representantes.
Esse é seu legado maior: o de haver escancarado a lúgubre realidade de
que o Brasil continua o mesmo que Darwin encontrou quando passou por essas
plagas em 1832 e anotou em seu diário: "Aqui todos são subornáveis".
Você destruiu as ilusões de quem achava que havíamos evoluído em nossa
mentalidade e matou as esperanças dos que ainda acreditavam poder ver um
Brasil decente antes de morrer.
Você não inventou a corrupção brasileira, mas fez dela um maquiavélico
instrumento de poder.
Você é o sonho de consumo da banda podre desse País, o exemplo que os
funcionários corruptos do Brasil sempre esperaram para poder dar, sem
temores, plena vazão a seus instintos.
Você faz da mentira e da demagogia seu principal veículo de comunicação
com a massa.
A propósito, o que é que você sente, todos os dias, ao olhar-se no
espelho e lembrar-se do que diz nos palanques?
Você sente orgulho em subestimar a inteligência da maioria e ver que
vale a pena?
Você mentiu quando disse haver recebido como herança maldita a política
econômica de seu antecessor.
Você mentiu ao dizer que não sabia do Mensalão
Mentiu quando disse que seu filho enriqueceu através do trabalho
Mentiu sobre os milhões que a Ong 13, de sua filha, recebeu sem prestar
contas
Mentiu ao afastar Dirceu, Palocci, Gushiken e outros cumpanheros pegos
em flagrante
Mente quando, para cada platéia, fala coisas diferentes, escolhidas sob
medida para agradá-las
Mentiu, mente e mentirá em qualquer situação que lhe convenha.
Você não moveu uma palha, em seis anos de presidência, para modificar as
leis odiosas que protegem criminosos de todos os tipos neste País sedento de
Justiça e encharcado pelas lágrimas dos familiares de tantas vítimas.
Jamais sua base no Congresso preocupou-se em fechar ao menos as mais
gritantes brechas legais pelas quais os criminosos endinheirados conseguem
sempre permanecer impunes, rindo-se de todos nós.
Ao contrário, o Supremo, onde você tem grande influência, por haver
indicado um bom número de Ministros, acaba de julgar que mesmo os condenados
em segunda instância podem permanecer em liberdade, até que todas as
apelações, recursos e embargos sejam julgados, o que, no Brasil, leva
décadas.
Isso significa, em poucas palavras, que os criminosos com dinheiro
suficiente para pagar os famosos e caros criminalistas brasileiros podem
dormir sossegados, porque jamais irão para a cadeia.
Estivesse o Supremo julgando algo que interessasse a seu grupo ou a
suas inclinações ideológicas, certamente você teria se empenhado de corpo e
alma.
Aliás, Lula, você nunca teve ideais, apenas ambições.
Você jamais foi inspirado por qualquer anseio de Justiça. Todas as suas
ações, ao longo da vida, foram motivadas por rancores, invejas, sede pessoal
de poder e irrefreável necessidade de ser adorado e ter seu ego adulado.
Você tem dividido a nação, jogando regiões contra regiões, classes
contra classes e raças contra raças, para tirar proveito das desavenças que
fomenta.
Aliás, se você estivesse realmente interessado, em dar aos pobres,
negros e outros excluídos as mesmas oportunidades que têm os filhos dos
ricos, teria se empenhado a fundo na melhoria da saúde e do ensino públicos.
Mas você, no íntimo, despreza o ensino, a educação e a cultura, porque
conseguiu tudo o que queria, mesmo sendo inculto e vulgar. Além disso,
melhorar a educação toma um tempo enorme e dá muito trabalho, não é mesmo?
A Imprensa faz-lhe pouca oposição porque você a calou, manipulando as
verbas publicitárias, pressionando- a economicamente e perseguindo
jornalistas.
Você pode desdenhar tudo aquilo que aqui foi dito, como desdenha a todos
que não o bajulem.
Afinal, se você não é o maior estadista do planeta, se seu governo não
é maravilhoso, como explicar tamanha popularidade?
É fácil: políticos, sindicatos, imprensa, ONGs, movimentos sociais,
funcionários públicos, miseráveis, você comprou com dinheiro, bolsas, cotas,
cargos e medidas demagógicas.
Muita gente que trabalha, mas desconhece o que se passa nas entranhas
de seu governo, satisfez-se com o pouco mais de dinheiro que passou a
ganhar, em consequência do modesto crescimento econômico que foi plantado
anteriormente.
É esse, em síntese, o triste retrato do Brasil de hoje... E, como se diz
na França, "l´argent n´est tout que dans les siècles où les hommes ne sont
rien".
Gilberto Geraldo Garbi
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