terça-feira, 9 de novembro de 2010

O crime compensa ? Pra alguns, sim !

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Resolvi postar este texto, para destacar a "severidade"das nossas leis, chegando mesmo a mostrar que o crime compensa, ou se não, que as punições, quando existem, são brandas e pouco resolutivas. Um condenado a 16 anos de prisão, por causa grave, consegue, após apenas um ano e meio, um benefício que o permite a retomar o crime. Como sempre digo, vai entender ...

A iminência de uma guerra pelo domínio do tráfico de drogas na Pedreira Prado Lopes (PPL), na região Noroeste da capital, foi o estopim para que a Polícia Civil prendesse, em flagrante, na última sexta-feira, Roni Peixoto de Souza, de 40 anos, considerado um dos principais traficantes do país.

Além dele, quatro comparsas também estão atrás das grades. Eles foram apresentados ontem à imprensa. Entre os detidos, está Carla Batista da Silva, de 30, a "Dona Maria", mulher de Roni e responsável pela contabilidade dos negócios criminosos do marido. Com eles, os investigadores encontraram drogas, armas e carros, alguns de luxo.

Um dos veículos, uma caminhonete Toyota blindada até nos pneus, avaliada em R$ 150 mil, vinha sendo usada por Roni desde que ele foi beneficiado pelo regime semiaberto, há cerca de um mês e meio, depois de ser condenado, em 2007, a 16 anos de prisão por tráfico.

Interceptações telefônicas mostraram que os planos de Roni Peixoto eram ousados. Queria, a qualquer custo, retomar o comando da Pedreira, seu antigo reduto, onde na década de 90 introduziu o tráfico de crack.

Braço-direito de Fernando Beira-Mar, Roni Peixoto vinha investindo pesado. Só na compra de armamento, segundo a polícia, aplicou cerca de R$ 70 mil. Com o grupo, foram apreendidas 12 armas, entre submetralhadoras com silenciador e pistolas israelenses de última geração.

A blindagem do carro que costumava usar todas as manhãs, quando deixava o presídio, confirma as suspeitas da polícia de que o traficante estava disposto a enfrentar a reação dos inimigos. "Roni tinha data marcada para investir contra os inimigos na Pedreira", afirmou o inspetor do Departamento de Investigações Antidrogas, Gilberto Bracelares.

O traficante foi preso na sexta-feira quando deixava a Penitenciária José Maria Alkimin, em Neves. Ao lado dele, estava Luiz Martins, de 27 anos, o Lulu, uma espécie de escolta do traficante. O rapaz, condenado por roubo mão armada, também se beneficiava do regime semiaberto. "O Roni chefiava o tráfico mesmo de dentro da cadeia", informou o delegado Marcos Alves.

A polícia ainda procura Ronaldo Silva de Santana, de 27, o Fenômeno, braço-direito de Roni e coordenador dos negócios do tráfico. Os outros presos são Alexandro Santana, de 36, e Cléris Sousa dos Santos, de 20, o Clerin.

O traficante Roni Peixoto conseguiu na Justiça o benefício de progressão de regime semiaberto, pela segunda vez, em três anos, desde que foi preso em novembro de 2003 por tráfico e associação ao tráfico de drogas.

Comando
Retomar o domínio do comando do tráfico na PPL é algo que Roni Peixoto vem tentando desde a década de 90. A partir de sua prisão, em 1995, o traficante vem assistindo à ascensão de grupos rivais, que passaram a tomar parte do controle dos negócios do tráfico com suas idas e vindas aos presídios.

De lá para cá, a população da PPL, considerada uma das regiões mais violentas da capital, convive dividida pela ação de três facções criminosas. A área de Roni é conhecida como Carmo do Rio Claro.
fonte: Jornal Super Notícias.

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