sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Que vida...

Nestes poucos mais de 15 anos da medicina, tenho vivido vários momentos, em todos os sentidos, com todos os sentimentos e de todas as formas. 
Analiso muito os pais, e consequentemente, relacionando-os aos filhos, e entendendo cada dia mais, os comportamentos, opiniões, conceitos, birras e agressões.

A criminalidade hoje, mostra que a vida está valendo pouco ou quase nada, em relação a um carro, uma moto, um celular ou um tênis.
Vivemos uma insegurança e uma incerteza terríveis. 

Mesmo em cidades pequenas, como a nossa, o crime está cada dia mais exposto e  com maior gravidade, não diferenciando classe social, condição política, econômica ou partidária. 
Estamos todos, do outro lado do cano, sem saber o calibre que pode nos atingir e ceifar nossa única e maravilhosa vida. 
Bandidos matam, estupram, queimam, violentam, assaltam e colocam o terror, sem nenhum respeito pelo próximo, pela vida e nem mesmo pela polícia, quem as vezes nos protege, outras nos agridem e outras vezes nos ignoram. São seres humanos e como nós, sofrem também, todas as influências e vivem a mercê da morte, cumprindo seus papéis, por míseros salários. 

Há poucos dias, li na Gazeta Tijucana, um texto, que questiona se devíamos executar os bandidos.
Respeito cada opinião, mas no meu modo de pensar, em vários casos, sim!
Sem pensar em religião e em Deus, mas simplesmente no Livre-Arbítrio.  
Quero viver e você quer me matar. Então ...  

Essa balela de pobreza, de miséria e outros conceitos, nem sempre encaixam em meus pensamentos. Se todos os pobres e miseráveis tivessem este espírito bandido, o mundo estaria perdido.
Falta sim, claro, oportunidade, educação, emprego, cidadania e coisas do tipo.
Mas que não justifica, e não faz com que cada pessoa em dificuldade, parta pro mundo do crime. 

Não podemos mais passear, curtir uma cachoeira isolada, parar num mirante pra fotografar e nem mesmo ter um carro um pouco mais apresentável, pois viramos alvo. 

E fico aqui, parado por minutos, pensando...  onde vamos parar ou onde posso ir com segurança?

Pensando que pelo menos agora, entre eu e o mundo lá fora de casa, há um muro, uma cerca elétrica, janelas trancadas, grades, piti bull no quintal , um ouvido atendo com um sono inquieto e um calibre grosso no criado mudo.

Êta mundinho bom...
vai entender... 
 

 

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