“Estradas asfaltadas dificilmente nos levam a lugares especiais”.
Uma das coisas que curto muito, é um passeio “fora de estrada”, seja com as gaiolas de autocross (há texto no blog sobre elas no mês de setembro) ou com um carro 4x4. Há lugares onde realmente só chegamos com esses tipos de veículos. E na maioria das vezes descobrimos lugares bem legais, como cachoeiras, rios e grutas quase todos muito preservados por serem pouco freqüentados, justamente pelo acesso difícil.
A onda de carros ditos off-road vem se espalhando pelo país. A maioria são carros maquiados e enfeitados pro fora de estrada, mas que na verdade nada têm de especial em termos de motorização ou tração, para enfrentar obstáculos difíceis, servindo no máximo pra uma curtição em estradinhass de terra ou desfilar “na moda”. É assim que vejo os carros tipo Pálio Adventure, Cross Fox, Renault Sandero e outras m... do tipo.
Leiam então este texto explicativo que peguei em uma página especializada em off road na internet. Claro, to tentando retornar e encontrar a fonte para citar aqui, mas estamos “fora do ar ou desligados”, coisa comum em nossa Diamantina, nada internética. (isso foi um dos primeiros papos do blog e até hoje, como cantava Léo Jaime: “Ôôô, nada mudou!!”.
Vamos ao texto, para que os aventureiros escolham melhor o próximo carro, pra aventura ser completa.
Ass. Rodriguim.
Quem quer realmente adquirir um veículo fora de estrada precisa conhecer algumas funcionalidades que muitas vezes são desconhecidas dos que estão habituados aos veículos de passeio.
Para rodar em terrenos mais difíceis, com obstáculos mais complicados do que uma simples estrada de terra, é necessário um veículo com tração nas quatro rodas, que distribui melhor a força do motor entre elas, enquanto num veículo 4x2 (tração dianteira ou traseira) a força transferida para as duas rodas motrizes é maior e pode provocar derrapagem ou a patinação da roda que cava o terreno. Outra opção necessária para a prática do off-road é a caixa de redução, que praticamente dobra a força (torque) do motor quando se precisa mais de força do que velocidade para transpor obstáculos como lamaçal ou a areia solta.
Roda livre
Um veículo 4x4 pode ter o sistema de tração optativo ou permanente. O primeiro, também chamado de part-time, é quando se pode optar por manter a tração em duas rodas ou nas quatro rodas. Alguns veículos têm um recurso chamado roda livre, que é a opção de desengatar o sistema de transmissão dianteiro quando se está usando apenas a tração 4x2. Isso reduz o desgaste mecânico de componentes como os semieixos, o diferencial dianteiro e o eixo cardã, além de ajudar a reduzir o consumo de combustível. Já o sistema de tração permanente, ou full-time, não permite essa opção e o veículo terá tração nas quatro rodas em tempo integral.
Como fazer
Outro aspecto que deve ser observado é o acionamento da tração e da reduzida. Apesar de ser mais cômodo, o acionamento elétrico por comandos no painel é considerado menos confiável devido ao risco de pane, principalmente em condições de umidade. O acionamento por alavancas junto ao câmbio são mais confiáveis por se tratar de sistema manual. Existem dois tipos de acionamento manual da roda livre. Um é mais trabalhoso, obriga o motorista a sair do veículo para girar uma chave localizada nos cubos de roda com duas posições: 4x4 ou 4x2. Depois disso é que o motorista posiciona a alavanca seletora de tração em uma dessas opções. No outro esse engate é feito por meio da alavanca de tração.
Para que o veículo não fique com uma das rodas atolada e a outra deslizando, é fundamental que esteja equipado com o bloqueio de diferencial. Assim, a roda deslizante é bloqueada e sua força é transferida para a que está atolada.
Um cuidado que o aspirante a piloto de off-road deve ter é quanto à escolha dos pneus. Geralmente, mesmo os veículos 4x4, vêm equipados com pneu 100% asfalto, que não são ideais para a prática do fora de estrada porque têm sulcos pequenos e pouco profundos, sendo facilmente preenchidos pelo barro. Uma opção é trocá-los por pneus de uso misto, 50% asfalto e 50% terra, ideais para trilhas leves e para a areia porque os sulcos não cavam muito o terreno. Já os pneus MUD, 80% terra e 20% asfalto, são os mais indicados para os trechos com lama e erosão, mas são barulhentos e têm pouca aderência no asfalto.
Para não ficar no caminho
É importante se informar sobre os alguns ângulos e medidas, que são importantes para conhecer as limitações do veículo e evitar de levar gato por lebre. É importante saber que essas medidas podem se alterar conforme a carga do veículo. Outra situação que pode mudar esses fatores é quando se altera a calibragem dos pneus para transpor um terreno arenoso, quando o carro fica mais baixo.
Ângulo de entrada (ou de ataque): é formado pela roda dianteira e a parte mais avançada do veículo, em geral o para-choque (repare que se for colocado algum acessório como o guincho elétrico esse ângulo é alterado). Ele limita o acesso do veículo a determinados barrancos, valas ou degraus.
Ângulo de saída (ou de fuga): é a distância entre as rodas traseiras e a parte final do carro. É aconselhável ficar atento a esse fator para não raspar a traseira do veículo no solo e nem perder o contato das rodas traseiras com o solo. Neste caso, o engate ou o estepe embaixo do carro é que podem interferir nesse fator.
Vão central: é o ângulo determinado pelas rodas traseiras e dianteiras e a altura do chassi. Ao respeitá-lo você evita que o assoalho encoste no chão e o carro fique gangorrando sem sair do lugar. Como os veículos mais longos e com maior distância entre-eixos têm o vão central maior, encontram mais dificuldade para transpor esse tipo de obstáculo.
Curso máximo da suspensão: é a capacidade da suspensão de fazer com que os pneus se aproximem ou se afastem da carroceria. Um bom curso da suspensão ajuda os pneus a se manterem em contato com o solo.
Inclinação lateral: é o limite estabelecido pelo centro de gravidade do veículo. Mudanças nas características originais do carro, como rodas mais altas ou elevação da suspensão, podem alterar o centro de gravidade do veículo e o limite de inclinação.
Profundidade máxima: é o limite para transpor trechos alagados sem que a água seja sugada pelas tomadas de ar do motor. Acessórios como o snorkel podem elevar essa medida.
foto: Hummer. Jeep americano crido e suado na Guerra do Golfo, pelas tropas americanas. Considerado hoje o top em termos de fora de estrada. O preço também é bem top.
Uma das coisas que curto muito, é um passeio “fora de estrada”, seja com as gaiolas de autocross (há texto no blog sobre elas no mês de setembro) ou com um carro 4x4. Há lugares onde realmente só chegamos com esses tipos de veículos. E na maioria das vezes descobrimos lugares bem legais, como cachoeiras, rios e grutas quase todos muito preservados por serem pouco freqüentados, justamente pelo acesso difícil.
A onda de carros ditos off-road vem se espalhando pelo país. A maioria são carros maquiados e enfeitados pro fora de estrada, mas que na verdade nada têm de especial em termos de motorização ou tração, para enfrentar obstáculos difíceis, servindo no máximo pra uma curtição em estradinhass de terra ou desfilar “na moda”. É assim que vejo os carros tipo Pálio Adventure, Cross Fox, Renault Sandero e outras m... do tipo.
Leiam então este texto explicativo que peguei em uma página especializada em off road na internet. Claro, to tentando retornar e encontrar a fonte para citar aqui, mas estamos “fora do ar ou desligados”, coisa comum em nossa Diamantina, nada internética. (isso foi um dos primeiros papos do blog e até hoje, como cantava Léo Jaime: “Ôôô, nada mudou!!”.
Vamos ao texto, para que os aventureiros escolham melhor o próximo carro, pra aventura ser completa.
Ass. Rodriguim.
Quem quer realmente adquirir um veículo fora de estrada precisa conhecer algumas funcionalidades que muitas vezes são desconhecidas dos que estão habituados aos veículos de passeio.
Para rodar em terrenos mais difíceis, com obstáculos mais complicados do que uma simples estrada de terra, é necessário um veículo com tração nas quatro rodas, que distribui melhor a força do motor entre elas, enquanto num veículo 4x2 (tração dianteira ou traseira) a força transferida para as duas rodas motrizes é maior e pode provocar derrapagem ou a patinação da roda que cava o terreno. Outra opção necessária para a prática do off-road é a caixa de redução, que praticamente dobra a força (torque) do motor quando se precisa mais de força do que velocidade para transpor obstáculos como lamaçal ou a areia solta.
Roda livre
Um veículo 4x4 pode ter o sistema de tração optativo ou permanente. O primeiro, também chamado de part-time, é quando se pode optar por manter a tração em duas rodas ou nas quatro rodas. Alguns veículos têm um recurso chamado roda livre, que é a opção de desengatar o sistema de transmissão dianteiro quando se está usando apenas a tração 4x2. Isso reduz o desgaste mecânico de componentes como os semieixos, o diferencial dianteiro e o eixo cardã, além de ajudar a reduzir o consumo de combustível. Já o sistema de tração permanente, ou full-time, não permite essa opção e o veículo terá tração nas quatro rodas em tempo integral.
Como fazer
Outro aspecto que deve ser observado é o acionamento da tração e da reduzida. Apesar de ser mais cômodo, o acionamento elétrico por comandos no painel é considerado menos confiável devido ao risco de pane, principalmente em condições de umidade. O acionamento por alavancas junto ao câmbio são mais confiáveis por se tratar de sistema manual. Existem dois tipos de acionamento manual da roda livre. Um é mais trabalhoso, obriga o motorista a sair do veículo para girar uma chave localizada nos cubos de roda com duas posições: 4x4 ou 4x2. Depois disso é que o motorista posiciona a alavanca seletora de tração em uma dessas opções. No outro esse engate é feito por meio da alavanca de tração.
Para que o veículo não fique com uma das rodas atolada e a outra deslizando, é fundamental que esteja equipado com o bloqueio de diferencial. Assim, a roda deslizante é bloqueada e sua força é transferida para a que está atolada.
Um cuidado que o aspirante a piloto de off-road deve ter é quanto à escolha dos pneus. Geralmente, mesmo os veículos 4x4, vêm equipados com pneu 100% asfalto, que não são ideais para a prática do fora de estrada porque têm sulcos pequenos e pouco profundos, sendo facilmente preenchidos pelo barro. Uma opção é trocá-los por pneus de uso misto, 50% asfalto e 50% terra, ideais para trilhas leves e para a areia porque os sulcos não cavam muito o terreno. Já os pneus MUD, 80% terra e 20% asfalto, são os mais indicados para os trechos com lama e erosão, mas são barulhentos e têm pouca aderência no asfalto.
Para não ficar no caminho
É importante se informar sobre os alguns ângulos e medidas, que são importantes para conhecer as limitações do veículo e evitar de levar gato por lebre. É importante saber que essas medidas podem se alterar conforme a carga do veículo. Outra situação que pode mudar esses fatores é quando se altera a calibragem dos pneus para transpor um terreno arenoso, quando o carro fica mais baixo.
Ângulo de entrada (ou de ataque): é formado pela roda dianteira e a parte mais avançada do veículo, em geral o para-choque (repare que se for colocado algum acessório como o guincho elétrico esse ângulo é alterado). Ele limita o acesso do veículo a determinados barrancos, valas ou degraus.
Ângulo de saída (ou de fuga): é a distância entre as rodas traseiras e a parte final do carro. É aconselhável ficar atento a esse fator para não raspar a traseira do veículo no solo e nem perder o contato das rodas traseiras com o solo. Neste caso, o engate ou o estepe embaixo do carro é que podem interferir nesse fator.
Vão central: é o ângulo determinado pelas rodas traseiras e dianteiras e a altura do chassi. Ao respeitá-lo você evita que o assoalho encoste no chão e o carro fique gangorrando sem sair do lugar. Como os veículos mais longos e com maior distância entre-eixos têm o vão central maior, encontram mais dificuldade para transpor esse tipo de obstáculo.
Curso máximo da suspensão: é a capacidade da suspensão de fazer com que os pneus se aproximem ou se afastem da carroceria. Um bom curso da suspensão ajuda os pneus a se manterem em contato com o solo.
Inclinação lateral: é o limite estabelecido pelo centro de gravidade do veículo. Mudanças nas características originais do carro, como rodas mais altas ou elevação da suspensão, podem alterar o centro de gravidade do veículo e o limite de inclinação.
Profundidade máxima: é o limite para transpor trechos alagados sem que a água seja sugada pelas tomadas de ar do motor. Acessórios como o snorkel podem elevar essa medida.
foto: Hummer. Jeep americano crido e suado na Guerra do Golfo, pelas tropas americanas. Considerado hoje o top em termos de fora de estrada. O preço também é bem top.
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