Estava publicando o texto abaixo, sobre a mobilização da sociedade de pediatria no Espírito Santo, e pensando nas condições da pediatria aqui em Minas Gerais.
Há alguns anos, a Sociedade Brasileira de Pediatria, SBP, lançou o movimento chamado "SOS Pediatria", para tentar salvar e valorizar a classe pediátrica e melhorar as condições de assitência a população infantil.
O desinteresse pela especialidade tem crescido na mesma proporção com que os planos de saúde sucateiam o serviço médico com pagamento de valores irrisórios e atrasados . A pediatria é sem dúvida uma especialidade muito gratificante, mas também é extremamente desgastante. E tem sido desvalorizada pelos gestores da saúde e até mesmo por muitos colegas médicos de outras especialidades, que desmerecem a especialidade até se oferecendo para atenderem em contra partida da não contratação de um pediatra em um serviço de urgência/emergência ou mesmo ambulatorial. Se enganam atendendo as crianças como se fossem apenas miniaturas dos adultos, muitas vezes visando apenas o salário profissional.
Apenas nos últimos anos, dezessete hospitais de Belo Horizonte fecharam seus serviços de pediatria, e inúmeros profissionais foram em busca de outras especialidades. Há também pouco interesse pelos formandos em medicina na busca pela especialização em pediatria, que até pouco tempo e era a maior sociedade de especialistas do Brasil.
E o futuro sem pediatras ?
Sabemos que o momento mais importante da vida de um ser humano é o seu primeiro minuto de vida. Ao nascer, neste primeiro minuto, a ação do pediatra na sala de parto pode reverter complicações que poderiam levar o recém nascido ao óbito ou crescer com alguma seqüela neurológica em caso de asfixia ou manobras de reanimação inadequadas. E nenhum profissional é tão apto a intervir neste momento como o pediatra. Cada um na sua especialidade, ou seja: cada macaco no seu galho.
O crescimento, da infância passando pela adolescência até chegar a vida adulta, possui características e complicações próprias, que se não bem resolvidas influenciam negativamente na qualidade de vida ou até mesmo leva ao óbito ou a seqüelas irreversíveis.
A classe médica em geral é desunida. A população não exige seus direitos, os gestores não valorizam o serviço pediátrico e os colegas médicos não apóiam as lutas da nossa classe por condições decentes de trabalho e remuneração.
Mas sou brasileiro e não desisto nunca. Sempre vou lutar pelos direitos dos pediatras no serviços e principalmente por uma remuneração digna e capaz de bancar não só a vida e o conforto, mas todos os cursos, livros e possibilidades de aumentar cada vez mais os conhecimentos e a capacidade de produzir boas respostas no trabalho.
No Espírito Santo, a união da calsse deve conseguir bons resultados. Que não nos emprestem as praias, mas que o Espírito Santo baixe por aqui para iluminar a cabeças que andam pouco pensantes.
E você, colega, o que tem feito ????
ass. Rodriguim.Há alguns anos, a Sociedade Brasileira de Pediatria, SBP, lançou o movimento chamado "SOS Pediatria", para tentar salvar e valorizar a classe pediátrica e melhorar as condições de assitência a população infantil.
O desinteresse pela especialidade tem crescido na mesma proporção com que os planos de saúde sucateiam o serviço médico com pagamento de valores irrisórios e atrasados . A pediatria é sem dúvida uma especialidade muito gratificante, mas também é extremamente desgastante. E tem sido desvalorizada pelos gestores da saúde e até mesmo por muitos colegas médicos de outras especialidades, que desmerecem a especialidade até se oferecendo para atenderem em contra partida da não contratação de um pediatra em um serviço de urgência/emergência ou mesmo ambulatorial. Se enganam atendendo as crianças como se fossem apenas miniaturas dos adultos, muitas vezes visando apenas o salário profissional.
Apenas nos últimos anos, dezessete hospitais de Belo Horizonte fecharam seus serviços de pediatria, e inúmeros profissionais foram em busca de outras especialidades. Há também pouco interesse pelos formandos em medicina na busca pela especialização em pediatria, que até pouco tempo e era a maior sociedade de especialistas do Brasil.
E o futuro sem pediatras ?
Sabemos que o momento mais importante da vida de um ser humano é o seu primeiro minuto de vida. Ao nascer, neste primeiro minuto, a ação do pediatra na sala de parto pode reverter complicações que poderiam levar o recém nascido ao óbito ou crescer com alguma seqüela neurológica em caso de asfixia ou manobras de reanimação inadequadas. E nenhum profissional é tão apto a intervir neste momento como o pediatra. Cada um na sua especialidade, ou seja: cada macaco no seu galho.
O crescimento, da infância passando pela adolescência até chegar a vida adulta, possui características e complicações próprias, que se não bem resolvidas influenciam negativamente na qualidade de vida ou até mesmo leva ao óbito ou a seqüelas irreversíveis.
A classe médica em geral é desunida. A população não exige seus direitos, os gestores não valorizam o serviço pediátrico e os colegas médicos não apóiam as lutas da nossa classe por condições decentes de trabalho e remuneração.
Mas sou brasileiro e não desisto nunca. Sempre vou lutar pelos direitos dos pediatras no serviços e principalmente por uma remuneração digna e capaz de bancar não só a vida e o conforto, mas todos os cursos, livros e possibilidades de aumentar cada vez mais os conhecimentos e a capacidade de produzir boas respostas no trabalho.
No Espírito Santo, a união da calsse deve conseguir bons resultados. Que não nos emprestem as praias, mas que o Espírito Santo baixe por aqui para iluminar a cabeças que andam pouco pensantes.
E você, colega, o que tem feito ????
Foto: Tatto com o símbolo da SBP.
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