foto: senhora de 97 anos renovando a carteira nacional de habilitação.
A sociedade hoje se move sobre rodas e a independência de muitos idosos está relacionada a sua capacidade de dirigir.
Mas o envelhecimento pode trazer limitações físicas e/ou mentais aos condutores, sejam eles motoristas ou motociclistas.
Quando o problema é físico, como deficiências de movimento, o próprio idoso na maioria das vezes se conscientiza que não pode mais dirigir como antes. Mas a questão complica quando os problemas estão relacionados à perda de atenção, concentração e até mesmo da visão ou audição.
O ato de dirigir exige interação constante entre cognição e resposta motora e as perdas decorrentes do envelhecimento prejudicam gradativamente esta interação.
As principais alterações que mais afetam a capacidade de dirigir são as seguintes:
- PREJUÍZOS COGNITIVOS
As funções cognitivas como aprendizado, memória, atenção, reconhecimento, linguagem e juízo crítico são problemas neurológicos dos idosos relacionados tanto ao envelhecimento patológico quanto sadio.
Daí compreendermos que o envelhecimento neuronal irá comprometer a integração de todas essas funções contribuindo então para o aumento significativo dos riscos de acidentes no trânsito.
-REDUÇÃO DA VELOCIDADE PSICOMOTORA
Com o envelhecimento ocorrem reduções naturais e progressivas das funções músculo-esqueléticas, como diminuição da força muscular, da flexibilidade, da coordenação e do tempo de reação, o que influencia negativamente no ato de dirigir. Alguns acometimentos articulares como artrite e osteoartrose, e ósseos, como osteoroporose, também podem prejudicar a condução.
-MUDANÇAS SENSORIOPERCEPTIVAS
Visão: com o envelhecimento ocorre declínio da acuidade e perda no campo visual, o que reduz a recepção da informação sensorial que é utilizada para dirigir.
Algumas alterações oculares provocadas pela idade avançada geram inconvenientes como maior dificuldade em dirigir a noite pela redução de resistência ao ofuscamento e redução na velocidade de adaptação ao escuro. Como exemplo podemos citar as doenças como catara, glaucoma, degeneração macular, retinopatia diabética e doenças da córnea.
Audição: algumas alterações ocorrem com o envelhecimento como maior produção de cerúmen e rigidez dos ossículos levando a alterações na condução do som e deficiência coclear com redução da percepção do som.
-DOENÇAS CRôNICAS: alguns exemplos de doenças crônicas que tem maior incidência nos idosos e levam a maior possibilidade de contribuir com acidentes: Diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, Doença de Parkinson, Mal de Alzheimer, doenças articulares degenerativas e acidentes vasculares.
- USO DE MÚLTIPLOS MEDICAMENTOS: podemos creditar boa parte do ganho em longevidade também aos medicamentos. Em contrapartida, os motoristas beneficiários desses ganhos têm maior probabilidade de transtornos decorrentes dos efeitos colaterais desses medicamentos, alguns inclusive levando a supressão das funções psicomotoras relacionadas ao ato de dirigir.
- A maiorias das doenças relacionadas ao envelhecimento tem instalação lenta e progressiva e esta perda das capacidades funcionais na maioria das vezes não são percebidas pelos próprios motoristas idosos que vão se adaptando, ou melhor, se acostumando com a situação.
Com isso a responsabilidade por essa redução de percepção e restrição do ato de dirigir passa ser feita pelos familiares e/ou pelo médico perito examinador, que pode legalmente proibir ou reduzir a validade da carteira de habilitação.
ass. Rodriguim
Mas o envelhecimento pode trazer limitações físicas e/ou mentais aos condutores, sejam eles motoristas ou motociclistas.
Quando o problema é físico, como deficiências de movimento, o próprio idoso na maioria das vezes se conscientiza que não pode mais dirigir como antes. Mas a questão complica quando os problemas estão relacionados à perda de atenção, concentração e até mesmo da visão ou audição.
O ato de dirigir exige interação constante entre cognição e resposta motora e as perdas decorrentes do envelhecimento prejudicam gradativamente esta interação.
As principais alterações que mais afetam a capacidade de dirigir são as seguintes:
- PREJUÍZOS COGNITIVOS
As funções cognitivas como aprendizado, memória, atenção, reconhecimento, linguagem e juízo crítico são problemas neurológicos dos idosos relacionados tanto ao envelhecimento patológico quanto sadio.
Daí compreendermos que o envelhecimento neuronal irá comprometer a integração de todas essas funções contribuindo então para o aumento significativo dos riscos de acidentes no trânsito.
-REDUÇÃO DA VELOCIDADE PSICOMOTORA
Com o envelhecimento ocorrem reduções naturais e progressivas das funções músculo-esqueléticas, como diminuição da força muscular, da flexibilidade, da coordenação e do tempo de reação, o que influencia negativamente no ato de dirigir. Alguns acometimentos articulares como artrite e osteoartrose, e ósseos, como osteoroporose, também podem prejudicar a condução.
-MUDANÇAS SENSORIOPERCEPTIVAS
Visão: com o envelhecimento ocorre declínio da acuidade e perda no campo visual, o que reduz a recepção da informação sensorial que é utilizada para dirigir.
Algumas alterações oculares provocadas pela idade avançada geram inconvenientes como maior dificuldade em dirigir a noite pela redução de resistência ao ofuscamento e redução na velocidade de adaptação ao escuro. Como exemplo podemos citar as doenças como catara, glaucoma, degeneração macular, retinopatia diabética e doenças da córnea.
Audição: algumas alterações ocorrem com o envelhecimento como maior produção de cerúmen e rigidez dos ossículos levando a alterações na condução do som e deficiência coclear com redução da percepção do som.
-DOENÇAS CRôNICAS: alguns exemplos de doenças crônicas que tem maior incidência nos idosos e levam a maior possibilidade de contribuir com acidentes: Diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, Doença de Parkinson, Mal de Alzheimer, doenças articulares degenerativas e acidentes vasculares.
- USO DE MÚLTIPLOS MEDICAMENTOS: podemos creditar boa parte do ganho em longevidade também aos medicamentos. Em contrapartida, os motoristas beneficiários desses ganhos têm maior probabilidade de transtornos decorrentes dos efeitos colaterais desses medicamentos, alguns inclusive levando a supressão das funções psicomotoras relacionadas ao ato de dirigir.
- A maiorias das doenças relacionadas ao envelhecimento tem instalação lenta e progressiva e esta perda das capacidades funcionais na maioria das vezes não são percebidas pelos próprios motoristas idosos que vão se adaptando, ou melhor, se acostumando com a situação.
Com isso a responsabilidade por essa redução de percepção e restrição do ato de dirigir passa ser feita pelos familiares e/ou pelo médico perito examinador, que pode legalmente proibir ou reduzir a validade da carteira de habilitação.
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