sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Chuta pra frente, porra!


Desde o dia 27 de outubro, há cerca de 10 dias, que não escrevo no blog. A correria tá enorme, entre hospital, clínica de habilitação e clínica pediátrica. Mas a vida é assim. Como dizem, carro de boi apertado é que canta. Algumas vezes até penso se vale a pena tanta correria, alguns sacrifícios e as perdas de viagens, passeios e algumas festas em função de tanto trabalho. Mas posso dizer com toda a verdade, que faço cada coisa com prazer e dedicação. Claro, é cansativo e as vezes agente fica esgotado. E muita gente não entende. Se espantam ao saberem que médico cansa, dorme, tem fome, sono, toma cerveja, banho, etc.
Ontem estava embaixo do chuveiro quando atendi uma ligação do hospital me chamando. Virei a torneia pra aumentar a força da água, mesmo esfriando, mas precisava chegar rápido lá. Fui até de chinelo, pra não perder tempo amarrando o tênis. Sapato ? É prático, sem cadarço, só mesmo enfiar o pé, rapidinho. Mas odeio sapato. Odeio traje social e evito ir a festas que exigem roupas desse tipo. Como também odeio bebidas sociais tipo whisky e até mesmo carros sociais. Gosto mesmo de um jeep bem sujo a semana toda. Gosto de acelerar a minha gaiola de auto-cross e voltar imundo pra casa, marcando território com os pés de barro, a roupa suja, a cara cheia de lama e poeira. E acelero "com força". Ali é hora de estravasar e é muito legal vencer obstáculos, desafiar o perigo e ver os barrancos lá de cima.

E do outro lado, vejo como uma enorme parte das pessoas está frouxa, sem emoção, sem compromisso e sem profissionalismo. É um tédio trabalhar perto de pessoas assim. E o número de gente desse tipo cresce a cada dia. Me desculpem os que não se encaixam nesta citação, mas é a característica do funcionário público. Fica ali, aquela marmota fingindo que trabalha, que produz, contando as horas pra ir embora depois de “cansativas” 6 (SEIS) hora de trabalho. Afinal são trinta horas por semana. Puta merda, sobram somente 138 horas na semana ficar a toa.
Mas culpa desse povo preguiçoso vem também do presidente molusco e sua bolsas. O cara que se gaba de ter chegado a presidência sem estudo ou esforço. E aí os “lulas da vida” se iludem e vivem nessa maré mansa. Bolsa escola, bolsa família, vale gás e por aí vai.
A gente não consegue sequer arrumar uma empregada doméstica. Há poucos dias escutamos de uma pretendente lá em casa: “não compensa trabalhar pra ganhar um salário”. Detalhe: está desempregada há 8 anos e é palpérrima. Vai entender...
Foi baseado nisso que postei essa “Parábola da Vaca” aí embaixo. Falta ambição, entusiasmo e vontade nas pessoas. O comodismo tomou conta e fica aí essa merda toda aí que não sai do lugar.
Mas faz parte, cada um na sua, ou melhor, cada um com seus problemas. O meu hoje é estar aqui as 15:07 tentando terminar um texto que comecei de manhã. Sem café da amanhã, sem almoço e com certeza sem janta também. Mas isso é problema meu. Tô tranqüilo.
Não tenho mesmo vocação para ser molusco. E a gente só faz gol se chutar pra frente.

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