sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Conheça a Zooterapia.

Aqui em nossa cidade ainda há muito preconceito com relação ao contato de animais em ambiente hospitalar. Em diversos países e já no Brasil, este trabalho é feito com excelentes resultados, principalmente com pacientes idosos e crianças. Claro, são animais saudáveis e com boas condições higiênicas. Leiam então o trabalho realizado pela Ong Zooterapia.
ass. Rodriguim.

A Zooterapia é uma ONG – organização não-governamental qualificada como OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – criada em fevereiro de 2003, que realiza um trabalho comprometido com o desenvolvimento humano a partir da interação de crianças e adolescentes – com deficiência ou não – com animais. É uma entidade sem fins lucrativos e conta com o trabalho de uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais como adestradores, veterinários, pedagogos, psicólogos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos, entre outros.


Objetivos:
• Oferecer atendimento psicológico, fonoaudiológico, fisioterapêutico e terapêutico ocupacional a partir da interação com animais co-terapeutas, denominado Terapia Assistida por Animais (TAA);

• Oferecer atendimento e programas pedagógicos a partir da Educação Assistida por Animais (EAA-Projeto Crescendo Juntos);

• Oferecer programas de Atividade Assistida por Animais (AAA) em instituições, promovendo o voluntariado;

• Realizar atividades que incentivem a posse-responsável, promovendo o bem estar humano e animal;

• Divulgar, nos mais diversos meios de comunicação e científico sobre a Terapia, Atividade, Educação Assistida por Animais e a Posse-responsável;

• Desenvolver, incentivar e apoiar a pesquisa científica;

• Promover a atualização e o aprimoramento dos profissionais;

• Associar-se e participar de outras organizações de interação homem-animal, tanto em nível nacional quanto internacional;

• Aproximar-se da comunidade local, realizando a promoção social.

O primeiro relato da participação de animais em situações terapêuticas, na sociedade ocidental contemporânea, remonta ao final do século XVIII, na Inglaterra.O Retiro de York, um tipo de instituição psiquiátrica, mantinha animais em seus pátios arborizados nos quais os pacientes passeavam.

Em tempos mais recentes foi o psicólogo norte-americano Boris M. Levinson, na década de 60, quem trouxe para a ciência e a prática a riqueza do potencial terapêutico das relações entre crianças e animais. Em seu trabalho ele percebeu que a natureza do vínculo entre pessoas e animais era de uma qualidade diferenciada.

No Brasil, a psiquiatra Nise da Silveira conduziu nos anos 50 um trabalho pioneiro entre pacientes esquizofrênicos e animais co-terapeutas. Ela relatou a facilidade com que pacientes com dificuldade de contato com o mundo externo se vinculavam a cães. A partir daí todo um campo de atuação e pesquisa foi inaugurado, que se encontra atualmente em amplo crescimento.

Entre os benefícios encontrados quando crianças e animais estão juntos, seja numa terapia, na sala de aula ou em outras atividades, estão os seguintes:

• Cria um ambiente mais enriquecido, motivando as crianças a pensar e aprender, pois elas têm interesse natural pelas criaturas vivas.
• Proporciona atividades interessantes, espontâneas, facilitando a aprendizagem.
• Facilita o desenvolvimento emocional através do vínculo formado entre criança e cão no qual muitos sentimentos são trocados, auxiliando na superação de conflitos e numa maior consciência de si mesmo.
• Encoraja o respeito por todas as formas de vida, desenvolvendo senso de responsabilidade e de cuidado consigo e com o outro.
• Estimula a participação de crianças mais retraídas e tímidas nas atividades em grupo.
• Facilita a comunicação de situações de risco vividas pela criança, tais como: violência doméstica, abuso sexual, problemas de álcool e drogas, entre outros.
• Favorece a inclusão de alunos com deficiência, tendo como inspiração o animal, que não julga nem tem preconceito.


Qualquer raça de cachorro pode ser um co-terapeuta, inclusive mestiços e cães sem raça definida. O uso de um cão para este trabalho dependerá muito de sua índole e aptidão.

Características do animal co-terapeuta:
• ser muito sociável;
• interessar-se pelas pessoas;
• não ser agressivo nem medroso;
• não pode reagir à dor (causada acidentalmente ou quanto propositalmente).

Assim, o cão co-terapeuta é aquele que é calmo, tolerante, amigável, interessado. Para que o trabalho tenha êxito, ele tem que gostar da interação.

Todo cão co-terapeuta que participa deste projeto foi cuidadosa e rigorosamente escolhido. Não basta o cão ter aptidão natural e não ter sido socializado e adestrado, como também não basta socialização e adestramento se o cão não tiver aptidão para o trabalho. Por isso todos os cães usados são escolhidos pela sua aptidão, socializados e adestrados por uma equipe de profissionais.

O cão é acompanhado diariamente e, sempre que está em ação, há a presença do adestrador.
Todos os cães são submetidos a uma série de cuidados veterinários, para preservar tanto sua saúde quanto das pessoas que irão interagir com ele.

O projeto ainda prevê a expansão para os serviços de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional, juntamente com o de psicologia, para crianças e adolescentes - com ou sem deficiência - da população local.

Um comentário:

  1. Oi Rodrigo!
    Estou fazendo minha pesquisa de TCC com o tema de Educação Assistida por Animais, e vi sua postagem. Gostaria de saber quais referencias vc utilizou no seu comentario sobre os beneficios da terapia e/ou sala de aula. Se vc tiver mais referencias ou materiais que possam me auxiliar gostaria que me informasse!
    Mande no meu e-mail gisele.buch@hotmail.com

    Agradeço sua atenção, Gisele Buch

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