quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Mulher no volante, Perigo Distante!

Eles se gabam de ser bons, mas levantamento do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) mostra que quando o assunto é dirigir veículos, as mulheres são melhores que os homens. Aquele ditado que dizia “mulher ao volante, perigo constante” até poderia ser alterado para: “mulher ao volante, perigo distante”. Pelo menos é o que as estatísticas apontam. Em 2008, Goiás registrou 54.800 mil acidentes. Os homens respondem por 84,4% do total, com 46.246 casos. Já as mulheres se envolveram em 15,6% deles, o que significa 8.554 acidentes. é certo que existem menos mulheres que homens habilitados no trânsito.

O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) contabilizou até o final do ano passado 734.743 mil CNHs, sendo 551.338 mil de homens e 183.405 mil de mulheres. Mas o próprio diretor-técnico do Detran, Horácio de Melo, concorda com a pesquisa do Denatran. “Sou obrigado a concordar porque elas, quando estão dirigindo, são mais cuidadosas e atenciosas e isso se reflete no número de acidentes em que se envolvem”. Em todo o Brasil, apenas 11% dos acidentes automobilísticos ocorridos entre 2004 e 2007 aconteceram com mulheres na condução do veículo.



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De acordo com o levantamento feito pelo estudo do Denatran, 1,7 milhão de condutores se envolveram em 1,5 milhão de acidentes de trânsito com vítimas registrados nesse período. Os homens eram motoristas de 71% de casos de acidentes e outros 18% de ocorrências não tinham o sexo do condutor identificado. O Registro Nacional de Carteiras de Habilitação (Renach) mostra que, até dezembro de 2008, o Brasil havia registrado 45,1 milhões de motoristas habilitados, sendo que 33% desse total são mulheres. Em 2004 eram 10,3 milhões de mulheres ao volante. Já em dezembro de 2008 essa soma passou para 14,9 milhões, um crescimento de 44% em quatro anos. Na categoria A, necessária para a condução de motocicletas, são 2,5 milhões de mulheres habilitadas, aproximadamente 50% a mais do que em 2004, segundo o Denatran. Até o seguro para o carro da mulher é mais barato. As empresas geralmente se baseiam em pesquisas que apontam que as mulheres são mais cautelosas e normalmente dirigem em velocidade mais baixa que os homens. Elas sofrem menos sinistros, que podem ser roubos e colisões. E mesmo que participem de algum acidente, em geral, os danos são menores que os causados por homens. Esses são alguns dos motivos que as levam a pagar cerca de 15% menos que os homens na mesma faixa etária e características. Os dados solicitados por empresas de seguro, o “Questionário de Avaliação de Risco”, mais conhecido como Perfil, serve para definir o valor correto do seguro. O preço variava, no passado, exclusivamente em função do veículo. Homens, mulheres, jovens e adultos pagavam o mesmo valor se o carro fosse semelhante. Os valores agora são baseados nas estatísticas. O perfil da mulher passou a ser considerado bom e isso rende descontos. Segundo o corretor Leonardo Alves, o fato de a mulher ser mais cuidadosa pesa na hora de fechar negócio. Ele diz que algumas corretoras chegam a oferecer descontos de quase metade do valor cobrado para um homem. “Não concordo com essa política que algumas empresas trabalham. Mas sem dúvidas o seguro do carro de mulher acaba saindo mais barato pela responsabilidade que adquirem mais cedo, além de outras características”.
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Resposta pode vir dos hormônios Um site dedicado às mulheres que gostam de dirigir, Mulher ao Volante debate temas relacionados à arte da direção de carros, além de discutir sobre o preconceito que as mulheres sofrem. O portal divulgou uma pesquisa realizada na Grã-Bretanha, feita por cientistas da Universidade de Bradford. Eles afirmaram em uma conferência em Londres que o hormônio feminino estrogênio pode explicar por que as mulheres se envolvem menos em acidentes do que homens quando estão ao volante. Os especialistas disseram que o estrogênio ajuda as mulheres a mudar sua atenção de uma situação ou objeto para outro de forma mais rápida e eficaz do que os homens. Essa flexibilidade mental as ajudaria na hora de perceber alterações no trânsito de forma mais rápida e, consequentemente, na prevenção de acidentes. O site reporta uma entrevista concedida pela especialista em psicologia do trânsito Cecília Bellina, ao Jornal do Commercio, em que ela afirma que até a maternidade faz com que a mulher tenha uma consciência maior de preservação da vida. Cecília Bellina afirma ao jornal que a mulher não põe a vida dela em risco no trânsito. Já o homem tem no carro um símbolo de status e poder. Além disso, ela diz que o homem gosta de desafiar a velocidade, enquanto a mulher normalmente anda no limite permitido. Cecília continua e diz que a mulher dirige mais na dela, o homem é mais agressivo, em dias que o carro substitui o físico forte e o homem deixou de brigar na rua, mas de certa forma, agride as pessoas com o carro.

Fonte: Diário da Manhã.

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