sexta-feira, 19 de junho de 2009

"ROTINERIA"


Qual a distância entre a sanidade e a loucura ?
Quando já se confunde a pureza da mistura,
e o bem e o mal andam lado a lado?

Quando se tem medo não só do ladrão,
mais ainda do soldado...

Tá todo mundo trancado,
vivendo o mundo pela televisão,
se baseando em ilusão
e vivendo todo dia a vibração de um grande acidente...

A tela cheia de pedaços de gente e isso nem dá mais alteração.
Ou seja, não temos alguma emoção.
Não faz nehuma diferença.
E deixa assim, pra que mudar?
Ninguém toma nenhuma providência..
o que seria ruim, se podíamos acreditar que 2000 seria o fim,
pra que mudar se ta tão perto assim ? ...

Deixa rolar... e vamos ver no que dá,
ou se não dá mais pra parar.
Exploração e vida sexual com criança e menina,
tá na mão chega fácil,
crak, maconha, cachaça e cocaína...

Se adoece, pede o S.O.S. pelo SUS.
Sistema infectado, cheio de larva e pus!
É claro que do outro lado tem sempre alguém,
separando o seu trocado e ainda dizendo amém nessa terra de gente sem.
Sem terra, sem teto, sem roupa, sem comida e sem graça,
tomando pedra e mais pedra na vidraça,

Tentando colar os caquinhos,
juntando a vida num saquinho misturado com lixo
e vivendo pra ver,
que bicho aparece pra compartilhar:
a fome, a miséria, a lepra ou o “K”.

E nem escrever vale a pena,
pois nada vai mudar.
Ninguém se toca e quem toca
é pro outro dançar.
E se o cara ta na água, pode crê!
Ele não sabe nadar.

Vamos assistir ele morrer,
depois vibrar e correr no barzinho mais próximo,
pra tentar transformar em notícia,
o que já deixou de ser ocorrência de polícia.

É só um dia...

Entre o sol e a lua,
Entre a casa e a rua,
A Miséria e a delícia.

Poesia: Rodriguim.

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