O capacete está entre os equipamentos de segurança que todo motociclista deve utilizar para se proteger.
Há no mercado muitas marcas e modelos com preços que variam de oitenta a três mil reais.
Esta variação enorme de preço deixa o motociclista com uma dúvida. Um capacete de oitenta reais irá proteger da mesma forma que um de três mil reais?
Teoricamente, se o capacete é certificado pelo INMETRO, sim.
Para receber a certificação os capacetes passam por testes de resistência e acabamento. Então os capacetes mesmo que baratos, mas selados pelo INMETRO, protegem sim.
Não é só o preço que está envolvido na proteção. Capacetes podem ser caros dependendo exclusivamente da pintura que receberam no casco. Ou seja, o grafismo feito por um artista representando uma marca, equipe ou piloto de corrida pode aumentar o preço do capacete. E claro, a pintura embeleza, mas não protege.
Então por que há grandes variações de preço?
Pela diferença de material, tipo de forro,viseira, etc.
Material:
Capacetes mais baratos geralmente são feitos de materiais plásticos. São mais pesados e geralmente possuem as partes internas como forros e cintas de materiais mais simples. Costumam não ter boa ventilação e viseiras de material mais frágil que riscam com mais facilidade. Os ideais são de policarbonatos, fibra de vidro e fibra de carbono.
Os capacetes de materiais mais nobres como a Fibra de Carbono são mais leves e mais resistentes. Algumas marcas equipam os capacetes com viseiras anti-risco, forros anti-alérgicos e removíveis para lavagem, cintas de abotoamento e manuseio mais fácil entre outras coisas.
Duração dos capacetes:
Recentemente assistimos a polêmica em relação à durabilidade dos capacetes. O próprio INMETRO declarou que capacete não é produto perecível e portanto não deve ter prazo de validade. Mas a maioria dos estudos e fabricantes mostram que os capacetes devem ser usados por um prazo de 3 anos ou descartado após 5 anos da data de fabricação. Isso porque o material perde a sua resistência com o tempo e pelo uso em contato com sol, chuva, suor e pequenas avarias.
O capacete também deve ser descartado após qualquer impacto forte ou queda de grande altura.
Cuidados na hora de comprar um capacete:
Evite capacete aberto porque não protege o rosto em caso de quedas. O modelo coquinho é proibido por lei. Evite também os capacetes com pinturas emborrachadas. Em caso de queda elas provocam aderência do capacete ao chão dificultando o deslizamento da cabeça o que pode gerar "trancos" no pescoço e lesões na coluna cervical.
Observe se o capacete possui o selo certificado pelo INMETRO.
Depois observe se o capacete é adequado a sua cabeça.
Medidas dos capacetes:
O ideal é experimentar, mas há uma tabela de medidas aproximadas com a medida da sua cabeça, passando a fita métrica sobre as sobrancelhas e acima das orelhas. Na dúvida escolha o capacete menor.
55/56 cm = L
61/62 cm = XL
63/64 cm = XXL
57/58 cm = M
59/60 cm = XXL
O capacete deve ser justo sem ser incômodo. Não deve haver folga entre a cabeça e o rosto com o forro do capacete. Não deve ser apertado de modo a ser incômodo. Entre dois tamanhos confortáveis, escolha o menor; o forro cede um pouco folgando o capacete após pouco tempo de uso.
Observar condições gerais. Casco perfeito sem trincas, viseira sem riscos e fivela em perfeito estado.
Veja se o capacete tem sistema de ventilação. Além de manter a cabeça arejada e reduzir o suor e a temperatura, impedem o embaçamento da viseira.
Observe se o forro é removível para lavagem e se o material absorve bem o suor.
Verifique a cinta. Tipo de fivela e facilidade de manuseio e regulagem de tamanho.
Verifique também a viseira. Algumas são mais resistentes a riscos; mas todas riscam e precisam ser trocadas com o capacete ainda novo. Por isso verifique se a viseira pode ser trocada com facilidade. Verifique se a viseira veda bem entradas de ar e chuva.
Alguns capacetes possuem viseiras com abertura automática. Raramente vedam bem a entrada de ar e chuva e praticamente todas relaxam prejudicando a vedação e o uso.
A cinta deve ser ajustada rente ao queixo. Não precisa estrangular, mas a regra de deixar um ou dois dedos de folga não é verdadeira. A cinta deve ser justa e não deve permitir a retirada do capacete sem desabotoá-la.
Enfim capacete deve ser tratado como peça íntima. Cada um tem o seu. Evite emprestar para não pegar ou passar lêndias, piolhos, micose de couro cabeludo, etc. Quem anda muito de moto taxi deve carregar uma toca descartável para colocar na cabeça.
Os capacetes usados por várias pessoas perdem o molde do rosto e cabeça do dono. Por isso ficam frouxos e mal ajustados.
Enfim, não seja cabeça dura. Use sempre capacete!!
ass. Rodriguim.
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