quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Quero o meu troco

Na hora do troco, balas não devem ser aceitas em lugar de moedas

Na hora do troco, balas não devem ser aceitas em lugar de moedas

Esta semana passou uma reportagem na TV falando dessa situação a que todos nós somos submetidos por livre e espontânea pressão. Não receber o troco que é nosso. E isso acontece todos os dias em bares, padarias, restaurantes, etc.
Quem nunca recebeu as famosas balinhas de troco na padaria?
Quem recebe um centavo de troco nas compras de R$1,99 ?
Eu fazia faculdade em Juiz de Fora e uma padaria só voltava o troco em balas. Fui juntando aquela balaiada e num dia resolvi ir lá pagar também com as balas. E foi o que fiz. Pra minha surpresa o dono não queria aceitar, mas foi obrigado após eu dizer que a partir daquele dia ele não me desse mais o troco em balas.
E assim vamos passando por diversas situações.
A mais recente foi num bar do centro da cidade. Minha conta deu R$9,25. Dei uma nota de 10 e o garçom me deu como troco 2 chicletes. Disse que não queria os chicletes e sim o meu troco. Ele com cara feia depois de ter ido ao caixa, me perguntou se eu tinha 25 centavos. Disse que não e então ele me voltou um troco de 50 centavos, ou seja, faltando 25 centavos.
Fui ao caixa reclamar e a moça me indagou:
_ Que isso, reclamar 25 centavos?
Eu respondi:
_ São os mesmos 25 centavos que você podia ter deixado de me cobrar e fazer a conta por 9 reais.
A infeliz ainda fez cara feia mas me voltou o troco.

Estudos mostram que dependendo do volume do comércio, um troco de 1 centavo deixado por todos os clientes, rende mais de 3600 reais no final de um ano em alguns estabelecimentos.
Não que seja por 5, 10, 25 ou mesmo 1 centavo.
Pago o valor que for, mas quero o meu troco de volta. Enfiem as balas ...

ass. Rodriguim.

Nota: No entender do advogado Marcos Dessaune, especialista em defesa do consumidor, “essa prática é abusiva”.E acrescenta: “A prática pode ser caracterizada, em tese, como crime de apropriação indébita, no âmbito penal, e também de enriquecimento ilícito, de acordo com o direito civil”. Mas tudo isso por uma balinha? O advogado segue então explicando que, nessas pequenas práticas abusivas, não é o valor que incomoda, mas a atitude de tirar uma pequena vantagem, de forma reiterada, da coletividade. “Isso representa lucro extra para a empresa”, diz.

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